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Estatais seguem dando prejuízos de bilhões aos cofres brasileiros


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

No governo do presidente Fernando Collor de Melo (1990 – 1992) o Brasil deu seus primeiros passos rumo à privatização, seguido por Itamar Franco (1992 – 1995), depois que Collor foi apeado da presidência da República, por motivos conhecidos da opinião pública. Naquela época, o mundo automobilístico veio abaixo quando Collor chamou os carros brasileiros de “carroças”. Abria-se, assim, o mercado para a entrada de carros importantes, antes proibido. De lá para cá, porém, muita coisa mudou.

Mas foi nos governos de Fernando Henrique Cardoso que o Brasil avançou com mais celeridade e eficiência no processo de privatização. Durante a gestão tucana, bilhões de reais entraram nos cofres públicos oriundos das vendas de empresas estatais, comprovadamente, ineficientes, que só contribuíam para aumentar a dívida pública brasileira, além, é claro, de serem excessivamente usadas e abusadas como moeda de troca para garantirem cargos a apadrinhados políticos, sempre ávidos por nacos de poder.

Naquele tempo, telefone fixo era artigo de luxo, somente acessível a uma parcela reduzidíssima da população. O aluguel de uma linha telefônica custava os olhos da cara. Após a privatização, tudo mudou. Ter um telefone ficou tão fácil que muita gente tem mais de um aparelho. Hoje são milhões de linhas móveis e imóveis espalhadas pelos quatro cantos do país.

No governo do então presidente Jair Bolsonaro muitas empresas estatais entraram no radar da privatização, como é o caso da Eletrobrás. Houve uma grande expectativa em torno da privatização dos Correios. Estudos chegaram a ser idealizados, mas o processo de privatização não avançou. É verdade que a maioria das estatais deixou de cumprir a função para a qual foi criada, aumentando, assim, o extraordinário rombo da dívida pública, tornando o governo alvo de críticas severas por parte de especialistas e, principalmente, da população, descontente com os péssimos serviços prestados.

Segundo a Gazeta do Povo, entre as estatais controladas diretamente pelo governo, somente no ano passado, os Correios deram prejuízos aos cofres públicos de R$ 2,2 bilhões. Mesmo assim, o governo insiste em manter esse monstrengo sugando dinheiro dos pagadores de impostos. E o pior é que tem gente dentro do atual governo falando em injetar dinheiro do contribuinte para tentar retirar os Correios do abismo no qual a incompetência o mergulhou.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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