Segunda-feira, 29 de maio de 2023 - 18h12
Cinco
ministérios do governo federal em Brasília abriram as portas de seus gabinetes
para receber diversas demandas da sociedade civil, entre os dias 16 e 19. A
ação, chamada de “mutirão de entrega de petições”, foi organizada pela equipe
da plataforma Change.org, que levou simbolicamente às autoridades 20,4 milhões
de assinaturas reunidas em 21 petições.
O objetivo da atividade, segundo conta a diretora-executiva da
organização, Monica Souza, foi abrir diálogo e espaço para que a manifestação
pública de milhões de pessoas que se mobilizam em abaixo-assinados na internet
pudesse ressoar dentro dos gabinetes do governo e, ainda, provocar a ação das
autoridades. Para a diretora, a meta foi alcançada.
Além da equipe da Change.org, também participam das audiências
ativistas ligados a diversas causas e membros de organizações que criaram os
abaixo-assinados entregues.
“Levamos aos ministérios o apelo da sociedade em torno de diversas
pautas urgentes. Foram mais de 20 milhões de assinaturas simbolizando a voz dos
brasileiros e brasileiras que querem ser ouvidos, em uma forma legítima e
saudável do exercício cidadão previsto em nossa democracia”, destaca Monica,
celebrando a força da mobilização popular e do ativismo digital.
O mutirão teve início na manhã de terça-feira (16). O primeiro
encontro foi com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para
apresentação de cinco abaixo-assinados que reúnem quase 6 milhões de
signatários em pedidos de justiça para vítimas de racismo no País, de direitos
para pessoas trans e travestis e de conclusão para o caso Dom e Bruno.
A coordenadora da Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e
Federativos do Ministério, Diony Oliveira, explicou que a entrega simbólica das
petições foi um marco na luta pelos direitos humanos. “O MDHC [Ministério dos
Direitos Humanos e Cidadania] tem se empenhado no apoio, cuidado e no suporte à
pessoa em situação de violência e suas famílias, com vistas a minimizar os
impactos das violações sofridas”, afirmou a representante da pasta.
No mesmo dia, houve uma ação no Ministério do Meio Ambiente para a
entrega de sete petições ligadas à causa animal, com 3,9 milhões de
assinaturas. A audiência aconteceu com a ministra Marina Silva e contou com a
presença das ONGs que lançaram as campanhas.
Com os
abaixo-assinados em mãos, a ministra destacou como o movimento une muitas redes
e organizações, resultando em um “peso” enorme de milhares e milhares de
assinaturas. A conversa foi conduzida por um tom emocionado devido à abertura
que o ministério tem dado ao ativismo pelos direitos dos animais. Marina
destacou que a causa ainda é marginalizada.
“Essa carga emocional é natural quando a gente está envolvido
profundamente com uma causa que às vezes é incompreendida, é marginalizada, e
não encontra os espaços de compreensão”, falou a ministra. Além de Marina, o
presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, também participou.
Já na tarde de quarta-feira (17), um encontro foi realizado com o
Ministério da Educação (MEC) para a entrega de duas petições. Os
abaixo-assinados acumulam 3,1 milhões de signatários em defesa das
universidades públicas e contra a proposta de taxação dos livros.
Luta por direitos e justiça
No penúltimo dia do mutirão, foram feitas audiências com os
ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial. Ao primeiro órgão, foram
levados seis manifestos em defesa de leis e de políticas públicas sobre saúde,
acessibilidade, segurança, justiça e trabalho às mulheres.
No encontro, a ouvidora do órgão, Thaís dos Santos, recebeu os
cadernos que simbolizam os abaixo-assinados e afirmou que todos os pedidos
constantes nas petições serão cadastrados na ouvidoria para encaminhamento e
acompanhamento junto às áreas técnicas pasta, bem como, se necessário, para
articulação com ouvidorias de outros ministérios.
“Foi uma reunião muito produtiva de diálogo entre a assessoria de
participação social, a ouvidoria e as lideranças da plataforma Change.org”,
afirmou a ouvidora da pasta.
Na tarde de quinta (18), o grupo se dirigiu ao Ministério da Igualdade Racial. Junto aos membros da Change.org estavam os pais do adolescente João Pedro, morto em operação policial no Rio de Janeiro.
No mesmo
dia, completaram-se 3 anos do assassinato do menino.
Ao
ministério foram apresentados dois manifestos ativos na plataforma: “Justiça
por João Pedro”, com 3 milhões de assinaturas, e “Justiça por Miguel”, que
reúne 2,8 milhões de signatários. Mirtes Renata, mãe do menino Miguel Otávio,
morto ao cair de um prédio em Recife (PE), também no ano de 2020, falou em uma
carta que foi apresentada ao órgão.
As representantes do ministério colocaram a pasta à disposição das
lutas das famílias e se prontificaram a atuar nos eixos de reparação, memória e
justiça e a acelerar debates sobre a criação de um fundo de apoio psicossocial
às famílias vítimas de violência, além de articulação com órgãos do poder
público para pressionar por celeridade nas investigações.
“Reforçamos o compromisso com a justiça e reparação por todas as
vidas negras e faremos isso com política pública”, afirmou Marcelle Decothé,
assessora especial da ministra Anielle Franco. “Enquanto estivermos aqui, isso
vai ser prioridade”, acrescentou Marcelle.
Defenda a Amazônia: a maior petição da história brasileira
O mutirão foi encerrado na manhã de sexta-feira (19) com uma
audiência no Ministério do Meio Ambiente para a apresentação de duas campanhas
que acumulam mais de 7,3 milhões de assinaturas em defesa de dois biomas
brasileiros - a Amazônia e o Pantanal.
Sozinho, o abaixo-assinado contra o desmatamento na Amazônia
engaja mais de 6 milhões de signatários. Aberto ainda em 2018, por uma moradora
de Manaus, capital do Amazonas, a campanha é a maior já criada na versão
brasileira da plataforma Change.org. A organização responde como a maior
plataforma de petições online do Brasil e do mundo.
Ação inédita
Satisfeita com a intensa semana de movimentações políticas, a
diretora-executiva da Change.org explica que o encaminhamento das petições
hospedadas na plataforma para autoridades tomadoras de decisão é um
procedimento rotineiro para a equipe. Esta, entretanto, foi a primeira vez que
um “mutirão” com tantas assinaturas foi feito percorrendo os ministérios.
“Terminamos esse ‘mutirão’ com a sensação de que agimos, na
prática, como amplificadores de milhões de vozes de brasileiros e brasileiras
que lutam por direitos. Os ministérios que visitamos receberam de bom grado as
demandas e comentaram sobre ações que serão tomadas em relação aos pedidos dos
abaixo-assinados. Em breve, iremos publicar respostas oficiais de cada órgão
nas páginas das petições. O trabalho continua”, diz Monica.
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