Terça-feira, 15 de agosto de 2023 - 10h43
Há 40 anos, a cearense Maria da Penha Fernandes foi vítima da violência doméstica. Com muita força e coragem na luta por seus direitos, ela mudou o próprio destino e, com seu exemplo, o de milhares de outras mulheres, amparadas pela lei que leva seu nome. Infelizmente, a cada duas horas uma mulher perde sua vida no país, segundo a Pesquisa Atlas da Violência 2022 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Embora tenhamos avanços no enfrentamento, os dados que vêm sendo divulgados ano a ano são alarmantes.
Hoje,
a Lei 11.340/06 é referência internacional no enfrentamento da violência
doméstica e familiar contra a mulher. Sancionada em 7 de agosto, a data é um
marco na luta pelos direitos femininos e uma grande conquista para brasileiras.
“O movimento de mulheres já estava muito
atuante na minha cidade [naquela época], a gente só tem o conhecimento quando se
está inserido no contexto. Então, quero dizer que foi muito o que se venceu,
nós avançamos, muito, muito mesmo! Mas isso foi muito devagar”, comentou
Maria da Penha em entrevista à reportagem da Boa Vontade TV
(www.boavontade.com/tv).
Entender para recomeçar
Saber
dos seus direitos é um ponto crucial nessa luta também. Dona Maria, 72 anos, atendida
pela LBV, foi casada por anos e também sofreu silenciosamente em seu lar
enquanto zelava por seus três filhos, na época infelizmente não existia uma lei
para ajudá-la e muito menos sabia o que estava acontecendo. “Quando vim pra cá [São Paulo/SP] meu marido
me batia muito. Depois ele foi embora e não deixou nada, tive que comer do
lixão porque ele não me deixava trabalhar. O único jeito que tive foi catar as
coisas até o emprego aparecer”, relata a idosa.
Mais conscientizada
Atualmente,
dona Maria participa do “Vida Plena”, serviço de convivência e fortalecimento
de vínculos que contribui para o envelhecimento saudável e para a garantia dos
direitos das pessoas na Terceira Idade. Segundo Joslaine Santos, assistente
social do Centro Comunitário da Legião da Boa Vontade (LBV) em São Paulo/SP: “em cada oficina dona Maria foi se abrindo sempre
bem-humorada, aprendeu a identificar seus direitos na LBV”, o que a ajudou
a entender e ressignificar sua história.
Direitos e ação
Imagine
quantas mulheres tiveram histórias semelhantes e não sabiam a quem recorrer
para pedir apoio. É nesse sentido que a Legião da Boa Vontade promove sua
Campanha: Mulher — Direitos e Ação, em favor do empoderamento feminino.
Um exemplo é o Programa “Ser Mulher”, iniciativa que oferece atendimento
psicológico on-line e 100% gratuito a
meninas (a partir dos 12 anos) e mulheres de todo o Brasil, com o intuito de
apoiá-las no enfrentamento e no rompimento dos ciclos de violência. Para
participar basta entrar em contato pelo tel. (11) 99996-6557 por WhatsApp ou
ligação. Saiba mais sobre o programa Ser Mulher acessando www.lbv.org/programa-ser-mulher.
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