Sexta-feira, 1 de dezembro de 2023 - 15h37
Uma história marcada
pela violência, desde os 16 anos de idade, e que após 21 anos de convivência,
resultaram em quatro filhos, chegou ao ponto final com o surgimento de uma
ação, que integra a Política Estadual de Assistência Social do Governo de
Rondônia, que tem por objetivo prestar assistência à família na pessoa da
mulher vítima de violência doméstica e familiar, especialmente a que se
encontra em situação de vulnerabilidade socioeconômica, acompanhada ou não de
seus dependentes, a fim de coibir a violência no âmbito de suas relações.
O
relato é de uma das mais de duas mil beneficiárias do Mulher Protegida, o
programa que vem fazendo a diferença na vida não apenas das mulheres, mas
também dos filhos, desde que foi criado há dois anos pelo Governo do Estado,
sob a Lei nº 5.165, de 29 de novembro de 2021, com foco nas mulheres e meninas
vítimas de violência doméstica e familiar, com medida protetiva de urgência
vigente, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, residentes e domiciliadas
em Rondônia, inseridas no Sistema do Cadastro Único em razão de ter renda
familiar de até três salários mínimos vigentes.
Ao
participar nesta quinta-feira, 30, da abertura da 3ª Capacitação destinada à equipe técnica que
atua na execução do programa, a titular da Secretaria de Estado da Assistência
e do Desenvolvimento Social – Seas, Luana Rocha, idealizadora do programa,
recebeu agradecimento especial de uma das beneficiárias (que não pode ser
identificada) que emocionada afirmou que só após a denúncia feita contra o
antigo companheiro conseguiu ter saído de sua cidade e conseguiu viver
plenamente e recomeçar sua história, sendo hoje uma das técnicas do programa.
“Hoje
me sinto preparada e capacitada para perceber, até por meio de um sorriso, se
uma mulher ou criança é vítima de violência doméstica”, revelou, parabenizando
a Seas e o Governo do Estado pela sensibilidade e iniciativa de garantir proteção
às mulheres e seus respectivos filhos.
Para
o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a criação do programa era uma medida
necessária para inibir a violência contra as mulheres, dentro de seus próprios
lares, em Rondônia. “A violência contra a mulher é um problema sério não
apenas em Rondônia, mas em todo o País. E a situação se torna mais grave quando
envolve crianças e as mulheres que não têm renda própria. Com o Mulher Protegida, além da renda mensal que agora será
concedida durante um ano, totalizando R$ 7. 200, a mulher ainda recebe
assistência especializada e poderá participar de cursos de capacitação
profissional”, pontuou.
Durante
a abertura da capacitação, que segue até esta sexta-feira, em Porto Velho, a
secretária Luana Rocha reforçou, que pensando em garantir mais tempo de
proteção e estabilidade financeira às vítimas, o governo publicou na
terça-feira Decreto aumentando o valor do auxílio concedido às mulheres com
medida protetiva de R$ 400 para R$ 600 e ampliou o prazo de concessão de seis
para 12 meses.
“Como
gestores, somos instrumentos para fazer a diferença na vida das pessoas
vulneráveis. Por isso, foram feitas alterações no programa para resguardar
estas mulheres por mais tempo e garantir mais estabilidade e oportunidade de
conseguir um emprego ou mesmo se tornar empreendedora, gerando emprego e renda,
passando a viver um novo ciclo de forma mais digna”, pontuou a secretária.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Ainda
participaram da composição da mesa de autoridades, o vice-presidente da
Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, José de Arimatéia da Silva,
que destacou o fortalecimento dos programas socioassistenciais nos municípios;
a presidente do Instituto Estadual de Educação Profissional – Idep, Adir
Josefa, que citou a preocupação da gestão estadual em trabalhar a política
pública de desenvolvimento econômico aliada ao desenvolvimento social, com a
capacitação profissional para garantir mão de obra local qualificada; e o
desembargador, Álvaro Kalix Ferro, coordenador, membro do Tribunal de Justiça
de Rondônia, que em outubro foi eleito presidente do Colégio de Coordenadores
da Mulher em situação de violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário
Brasileiro (Cocevid), que destacou a importância do programa Mulher Protegida e das capacitações promovidas pela Seas.
Ao final, Ferro palestrou sobre “os avanços no reconhecimento dos direitos
humanos das mulheres e o impacto das políticas públicas no enfrentamento à
violência contra a mulher.
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