Segunda-feira, 9 de outubro de 2023 - 16h07
Realizado pela
primeira vez na Justiça Itinerante de 2015, o projeto Cinema e Direitos Humanos
aos ribeirinhos voltou a acontecer nessa edição da JRI, propondo discussão e
conscientização sobre temas importantes para as comunidades a fim de instruir e
educar sobre direitos essenciais dos cidadãos por meio do audiovisual, uma
ferramenta de entretenimento, mas que pode mobilizar com histórias de ficção,
documentários e até animações. A execução é da equipe de comunicação do
Tribunal de Justiça de RO em parceria com a equipe Nupemec - Núcleo Permanente
de Solução de Conflitos.
“Os
filmes trazem à todos reflexões sobre as questões humanas e conflitos, o que
pode render boas oportunidades de orientar e responder os questionamentos da
comunidades”, explica Johnny Gustavo Clemes, juiz auxiliar da Corregedoria, que
lembrou que a juiz Sandra Silvestre aproveitou bastante a ferramenta para falar
sobre violência doméstica, quando participou dos debates na primeira edição do
projeto.
Como
naquela versão, os filmes, geralmente de curta duração, são apresentados em
espaços consagrados das localidades, e após, os temas são discutidos, com a
participação da plateia e de magistrados que acompanham a operação. Dessa vez,
o projeto teve a valorosa participação de psicólogos e assistentes sociais do
Núcleo psicossocial do Tribunal de Justiça, que entre outras funções, fizeram
intervenções pontuais e importantes sobre os temas tratados.
Outra
renovação do projeto foi a possibilidade de verificar junto a comunidade os
temas de maior necessidade, definição que foi feita pelas equipes em parceria
com lideranças comunitárias.
Em Calama, por exemplo o tema mais latente foi a questão de abuso
sexual. Por isso o filme escolhido para a exibição foi o documentário
“Precisamos falar sobre assédio”, da documentarista Paula Sacchetta. Trata-se
de um experimento social onde, durante a semana da mulher, uma van-estúdio
parou em nove locais em São Paulo e no Rio de Janeiro para coletar depoimentos
de mulheres que já foram vítimas de algum tipo de assédio. Os relatos de
mulheres de 15 a 84 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, que
nada têm em comum além de terem sofrido alguma violência, ajudam a explicar
quais os tipos de violência e de que forma impactam na vida das mulheres.
Na exibição realizada na escola General Osório, professores preocupados,
relataram casos de adolescentes que sofreram abusos e que acabaram buscando
refúgio na escola. Os juízes Audarzean Santana, coordenador da JRI e a juíza
convidada Lívia Beck, do TJ de Santa Catarina, orientaram os profissionais
sobre procedimentos e saídas para situações como essa. O debate demonstrou a
preocupação com a situação de estudantes que enfrentam situações de abusos.
Em Nazaré três filmes foram exibidos, uma animação, uma ficção e um
documentário, com temáticas como racismo, questionamento sobre padrões
estéticos, diversidade de identidade, bullying e violência doméstica, este
último demonstrando o histórico da Lei Maria da Penha pela própria história
emblemática sofrida pela professora universitária.
Um dos destaques foi o filme “Ela mora logo alí”, de Fabiano Barros e
Rafael Rogante, que acabou de ser premiado com três kikitos no festival de
Gramado.
O curta mostra uma humilde e ambulante vendedora de bananas fritas que
tem sua rotina alterada ao conhecer uma jovem leitora no ônibus no caminho de
volta para casa. A partir desse momento, a vendedora inicia uma nova jornada de
descobertas, sonhos e o desafio de encontrar o livro preferido de seu filho. As
temáticas da inclusão e letramento estão latentes, o que trouxe inspiração para
os estudantes e também identificação, pois a personagem, assim como os alunos
da escola em Nazaré, também vive às margens do Rio Madeira.
Nesta sessão, além dos profissionais do Núcleo psicossocial, estiveram
presentes no debate, o corregedor Geral da Justiça, José Antônio Robles e o
juiz auxiliar da corregedoria, Johnny Gustavo Clemes, as juízas Jordana
Onochic, que assumiu a coordenação da JRI na segunda etapa da operação e a
juíza Lívia Beck.
“O estudo é muito importante, é o melhor caminho para vocês conquistarem
os sonhos de vocês”, aconselhou o corregedor depois de dar seu depoimento sobre
a importância da educação e dos professores em sua vida.
São
Carlos
No Distrito de São Carlos, as temáticas trabalhadas nos filmes foram
relacionadas ao racismo, autoestima, autoimagem, questões que podem gerar
bullying e também problemas psicológicos de aceitação nos estudantes, levando a
casos mais extremos de mutilação pelos próprios adolescentes.
No debate, a professora Ana Maloney fez um relato recente vivido pela
turma, ao participar do Joer. “Eles nos contaram que outros estudantes tentavam
diminuir os estudantes do baixo madeira, chamando-os de “beiradeiros”, num tom
pejorativo, o que não conseguiram porque a equipe não deu crédito às
provocações e ainda ficou em quarto lugar em 30 equipes que disputavam a
categoria de futsal”, contou.
Os alunos confirmaram o relato e se sentiram mais fortalecidos com os
filmes trazidos pelo projeto.
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