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Abnael Machado

Histórico do Município de Porto Velho


Histórico do Município de Porto Velho - Gente de Opinião


Trajetória 94 anos de história.  Sua sede surgida a 102 anos, fundada por anônimos pioneiros.

A cidade de Porto Velho, sede municipal e capital político-administrativo do estado de Rondônia, fica situada na margem direita do rio Madeira, no início do seu médio curso, abaixo sete quilômetros da cachoeira de Santo Antônio, na altitude de 90m em relação do nível do mar, na latitude sul de 8º 46’ 00’’e na longitude de 63º 55’ 00’’ a oeste do meridiano de Greenwich e declinação magnética de 3º 10’E, distante 759 Km em linha reta da cidade de Manaus/AM e 2.589 Km de Brasília/DF.

Localiza-se em excepcional posição geográfica, atravessada por um dos corredores de exportação, dispondo de um porto e de um aeroporto internacionais. É ponto de cruzamento dos eixos rodoviários internacionais Brasília/ Lima/ Santiago/(BR 364) Brasília/ Caracas/ Georgetown (BR 319) e Brasília/ La Paz (BR 425).

O espaço original no qual surgiu a cidade, foi ocupado pela primeira vez, no período de 1.866 a 1.870 durante a guerra do Brasil contra o Paraguai, por um destacamento de soldados do regimento militar do Jamari. Os militares fizeram uma clareira na floresta, construíram um cais  e numa elevação no barranco do rio assentaram o seu acampamento (atualmente ficam o Mirante Dois, a residência do comandante de Brigada Militar). Aos se retirarem os soldados, o local passou ser conhecido como Porto Velho dos Militares. Os padres franciscanos Jesualdo Macchette, Teodoro Maria Portararo de Massafra e Samuel Mancini, acompanhados por dois soldados do destacamento militar sediado em São Carlos do Jamari e por 11 remadores bolivianos chegaram nesse local em 1.871, fizeram um roçado na capoeira, ergueram uma grande cruz e construíram uma barraca de palha (tapiri) para se abrigarem. Pretendiam os padres, estabelecer uma missão a fim de aldear e catequizar os indígenas da nação Caripuna, porém desistiram por causa da falta de apoio oficial, problemas das endemias e da proximidade do povoado de Santo Antônio do Alto Madeira escolhido para ser o ponto inicial de uma ferrovia projetada a ser construída no vale do rio Madeira, o que certamente seria empecilho ao trabalho catequético, se retiraram em 1.872. Após o que foi o local ocupado por agricultores sitiantes e fornecedores de lenha aos vapores que trafegavam entre Belém/PA, Manaus/AM e Santo Antônio do Alto Madeira, conforme faz referência Charles Gould, em seu livro “O Último Titã”. Entre esses sitiantes, encontrava-ser o agricultor conhecido por Velho Pimentel instalado em um sítio e porto de lenha no local abandonado pelos padres, o qual passou a ser conhecido como Porto do Velho e também Ponto Velho, indicado pelo engenheiro Carlos Morsing, em 1882, para ser o ponto inicial da ferrovia prevista a ser construída no Alto Madeira, por usas condições favoráveis à instalação das estruturas e equipamentos da sede ferroviária e de um porto fluvial de grande envergadura. Em 1.890 o espaço compreendido entre o igarapé Milagres ao norte e o igarapé Boeira a sul (atual igarapé Grande), fronteira com o seringal Santa Marthar de propriedade do italiano André Frandolli, aonde atualmente situa-se parte da cidade de Porto Velho, foi adquirida pelo Coronel José da Costa Crespo, comprado do governo do Estado do Amazonas por seiscentos mil reis, integrando-se às terras de seu seringal Crespo no vale do médio Madeira, que se estendiam do igarapé Milagres ao sul, à praia do Tamanduá ao norte.

A empresa norte-americana May, And Jekyl, contratada pela empresa Madeira-Mamoré Railway Co. Ltda para construir a ferrovia, sediada em Santo Antônio do Alto Madeira, construiu um porto abaixo dessa localidade, na foz do igarapé Grande (atual Batestaca), no seringal Santa Martha para facilitar a ancoragem dos grandes navios e o descarregamento dos materiais e equipamentos ferroviários. O proprietário do seringal protestou via judicial, sendo a causa resolvida favorável à Madeira-Mamoré. Os engenheiros da empresa construtora decidiram transferir a sua sede e o ponto inicial da ferrovia para o porto dos Militares ou Porto do Velho, a sete quilômetros abaixo do povoado de Santo Antônio, na grande curva do rio Madeira, onde este é mais largo e mais profundo em sua margem direita sendo o local uma planície, apresentando melhores condições para a construção das instalações ferroviárias e a de um grande porto fluvial. Autorizado por Farquhar foram contratados mais de cem trabalhadores em Belém/PA, os quais fizeram o desmatamento da capoeira, a construção das barracas para seus abrigos, dos operários e dos engenheiros. No inicio do mês de junho de 1.907 mudaram-se para o local situado no Estado do Amazonas, contrariando disposições do Tratado de Petrópolis, o que ficaria ao encargo de Farquhar solucionar junto ao governo federal brasileiro, e esse com o governo boliviano. O proprietário da localidade, José Crespo, protestou contra a sua ocupação, a Madeira-Mamoré se propôs a comprá-la, ele estabeleceu o valor de um conto e duzentos mil reis para a venda, não aceito pela empresa. A questão submetida à decisão judicial, essa foi favorável à Madeira-Mamoré, sem nenhuma compensação, José Crespo perdeu parte de terras do seu seringal. A empresa deu início as construções de suas instalações e a do cais de grande estrutura, o anterior construído próximo à foz do igarapé Grande (Batestaca), ficou sendo conhecido como Porto Velho de Santo Antônio. Em 04 de julho de 1.907, simbolicamente, é dado o reinício da construção da ferrovia Madeira-Mamoré sendo fixado com um prego de prata, um trilho no primeiro dormente do marco zero do seu ponto inicial de partida. O Porto do Velho passou a constar nos documentos das empresas May, And Jekyl Randolph e Madeira-Mamoré Railwal Co. Ltda com o nome de Porto Velho, também  adotado pelos moradores do povoado que a partir de 1907 começou a surgir nas proximidades das intalações da ferrovia, em terras devolutas do município de Humaitá.  O nome de Porto Velho originado de Porto do Velho, foi oficializado para o povoado quando este passou a ser sede do Termo Judiciário criado pela Lei nº 741, de 30 de outubro de 1.913, anexo à Comarca de Humaitá, assinada por Dr. Jonathas de Freitas Pedroza, governador do Estado do Amazonas (A).

 

SITUAÇÃO DO ESPAÇO FISIOGRÁFIC AONDE SURGIU A CIDADE DE PORTO VELHO EM 1907
A empresa Madeira-Mamoré Mailway se apossou do espaço compreendido entre o igarapé Milagres ao norte e o igarapé Grande (atual Bate-Estaca) ao sul.
Convenções: 
1) Porto Das Canôas: 
2) Porto Dos Vapores, também denominado Porto Novo, pelo povo: 
3) Porto Da Madeira-Mamoré (Porto Vlho de Santo Antônio):  
4) Porto Velho Dos Militares, Porto Velho, Porto Do Velho (Porto Velho).
*) Local aonde expontaneamente surgiu a cidade de Porto Velho.
A,B,C - Primeiro, Segundo e Terceiro locais de acampamentos dos militares do Regimento de Jamari respectivamente (1866 a 1870).
+) Padres Franciscanos 1871/1872.

Abreviaturas: 
SG - Seringal
Sto. - Santo
Ig - Igarapé

Escala: 1:1000m.

O lugarejo mesmo contra vontade da empresa Madeira-Mamoré, crescia rapidamente em população constituída pelos aventureiros, pelos trabalhadores dispensados pela construtora da ferrovia, pelos ribeirinhos das adjacências, pelos moradores de Santo Antônio que em quantidade cada vêz maior se mudavam para o povoado em formação, um aglomerado de gente, brasileiros e estrangeiros das mais diversas origens, morando em Toscas improvisadas habitações construídas com materiais da floresta sem preocupação com localização e alinhamento, se autogovernando. Construíram os caminhos aos quais davam nome de ruas, tais como rua do Comércio, rua da Palha, Curral das Éguas ruas dos Portuguêses, Mocambo. Surgiram casas comerciais, cinema e cassinos mantidos na maioria por espanhóis, portugueses, árabes, italianos e judeus.

O núcleo populacional se expandiu em número de habitantes e espaço físico, seus moradores se ressentiam da falta de assistência governamental, espiritual e do tratamento discriminatório lhes impostos pelos administradores da empresa estrangeira não lhes permitindo livre trânsito e acesso à área que consideravam sua propriedade privada, mantendo força polícial própria armada, hasteando a bandeira norte-americana, tendo por idioma oficial o inglês. Em 26 de julho de 1.910, foi instalada no povoado uma Agência Postal chefiada pelo senhor Felinto Costa, sua população atingia 900 habitantes.

Em 1.913 com a criação do Termo Judiciário de Porto do Velho, o povoado passou a ter um juiz de justiça municipal Dr. Natanael de Albuquerque, os suplentes de juiz Joaquim Raulino Sampaio, José Braga Vieira e Felinto Costa, o adjunto de promotor público Francisco Fernandes da Rocha e o escrivão e tabelião José Vieira Souza, a quem recorrerem.

Em 02 de outubro de 1.914, Dr Jonathas de Freitas Pedrosa sancionou a Lei n° 757 criando o município de Porto Velho desmembrado do município de Humaitá, com sede no povoado da mesma denominação, instalado solenemente, em 24 de janeiro de 1.915. Foram nomeados para administra-lo até 31 de dezembro de 1.916, o major reformado do exército Fernando Guapindaia de Souza Brejense, como Superintendente (prefeito); Manoel Pires de Castro, Secretário; José Jorge Braga Vieira, Luzitano Corrêa Barreto, Manoel Félix de Campos, Antônio Sampaio e José Z. Camargo Intendentes; Aderico  Castilho Achilles Reis, Horácio Bilhar, Alfredo Clinico de Carvalho  e José Pontes, Suplentes de Intendente. Os Intendentes e Suplentes constituíam o Conselho Municipal (Câmara).

Limites do Termo Judiciário Estabelecido pelo Decreto Estadual n° 1.063, de 17 de março de 1.914, mantidos para o município e a comarca criados pelas Leis n° 757 de 02/10/1. 914 e n° 900, de 31/08/1. 914, respectivamente. O município de Porto Velho limitava-se ao norte com o município de Humaitá, tendo por fronteira uma linha reta partindo da foz do igarapé São Lourenço até alcançar a serra Três Irmãos limite com o município de Lábrea.

Ao sul, com o Estado de Mato grosso tendo por linha de fronteira uma reta partindo da foz do igarapé Batestaca até alcançar o rio Candéias no cruzamento deste pelo paralelo 8º 46’ 69’’ de latitude sul.

A sudeste, com o Estado de Mato Grosso tendo por linha de limite o rio Madeira da foz do igarapé Bate-Estaca até a foz do rio Abunã.

A sudoeste, com a república da Bolívia tendo por linha de limite o rio Abunã a partir de sua foz até alcançar linha geodésica Cunha Gomes no limite com o Território do Acre.

A Oeste, com o Território do Acre tendo por fronteira a linha geodésica Cunha Gomes desde o rio Abunã até o divisor de águas Ituxi/Abunã, na divisa com o município de Lábrea.

A Oeste e noroeste com o município de Lábrea o divisor de águas Ituxi/Abunã e Ituxi/Madeira (serra Três Irmãos) até alcançar o ponto final da linha divisória ao norte.

A leste, com o município de Humaitá tendo por fronteira uma linha vertical no sentido norte/sul, partindo da margem direita do rio Madeira em frente à foz do igarapé São Lourenço, na margem esquerda até alcançar a margem esquerda do rio Candeias no cruzamento do paralelo 8° 46’ 49” de latitude sul.

O espaço do povoado de Porto Velho foi divido em dois setores, o administrado pela empresa anglo-canadense Madeira-Mamoré Railway Company, situado entre o rio Madeira e a atual avenida Presidente Dutra, e o brasileiro administrado pela  superitendência municipal situado a partir dessa citada avenida no sentido Oeste/Leste até a divisa com o estado de Mato Grosso no rio Candeias.  A empresa mandou construir uma cerca na linha divisória, guarnecida por seguranças armados isolando o seu setor do povoado brasileiro impedindo o acesso de seus moradores às suas instalações.  Esta duplicidade administrativa perdurou até 10 de julho de 1931.

O setor da Madeira-Mamoré dispunha dos meios mais modernos de tecnologia de ponta então existentes.  Tendo instalado cais do porto, armazéns, estação de passageiros, oficina, usina de energia elétrica, tipografia, fábricas de macarrão, pão, biscoito e de gelo, vila ferroviária construída com casas pré-fabricadas de madeira de pinho de Riga, importadas dos Estados Unidos/USA, clube social, restaurante, jornal, redes elétrica, hidráulica, sanitária e telefônica.  A administração central em Porto Velho, ligada por telefone e telégrafo sem fio à todas as estações no percurso da ferrovia até Guajará-Mirim.

A administração do major Guapindáia foi tumultuada pelo confronto com o todo poderoso gerente geral da Madeira-Mamoré Mister W. Little, o qual não reconhecia a autoridade dos representantes legais dos governos dos estados do Amazonas e de Mato Grosso, praticando ingerência em matérias privativas do município, sendo essas coibidas por Guapindaia.  Em revide o gerente da empresa solicitou a desocupação das casas por ele cedidas para sede municipal e residência do superintendente, bem como lhe cancelou o passe livre nos trens da Madeira-Mamoré.  Esse procedimento apoiado pelo engenheiro João da Silva Campos,  chefe da Primeira Divisão de Fiscalização do Governo Federal, não demoveu Guapindaia de fazer valer a prevalência da lei e as prerrogativas legais da municipalidade. Providenciou a organização institucional e estrutural do município e do povoado urbano sua sede administrativa, expedindo os decretos:

Nº 1, de 25 de janeiro de 1915, regulamentando a cobrança de impostos, implementando o código de postura estabelecendo impostos, taxas e tributações;

Nº 2, de 25 de janeiro de 1915, regulamentando o serviço de construções, suas posturas e a concessão de terrenos públicos;

Nº 3, de 10 de março de 1915, ordenando o espaço físico do povoado urbanizando-o conforme a planta elaborada pelo mestre de obras José Ribeiro de Souza Junior com a assistência do engenheiro civil Francisco da Silva Campos, aprovada pelo Conselho Municipal.  Ordenou a abertura de ruas e o alinhamento das casas;

Nº 4, de 14 de agosto de 1915, proibindo a empresa Madeira-Mamoré Railway: 1) a exercer a prática de poderes públicos privativos dos governos federal e municipal, vedando-a a cobrar impostos, inclusive de embarque, por ser ato atentatório ao artigo 338 §§ 5º e 8º do Código Penal da República; 2)a expedir título de propriedade e licença para a construção de imóveis, anulando os expedidos e ordenando a demolição dos construídos assim  autorizados, em áreas do município; 3) a extrair por intermédio de seus contratistas, madeira em florestas municipais. 

O Conselho Municipal por intermédio da Lei n° 03 de 9 de março de 1.915, autorizou o Superintendente a denominar e substituir nomes de ruas e de logradouros públicos. Determinou que o terreno da Madeira-Mamoré contasse da travessa que separa área dos seus terrenos da área do povoado, a qual passava a ser denominada avenida Divisória (Não incluidos o Alto do Bode e o Triângulo por se localizarem no espaço cedido à Madeira Mamoré Railway Co. Ltda). 
As ruas, avenidas, travessas e logradouros públicos foram assim denominados;
1- Avenida Divisória (atual Presidente Dutra);
2- Avenida 7 de Setembro (ex-rua do Comércio);
3- Rua Natanael de Albuquerque (ex-rua da Palha);
4- Rua Barão do Rio Branco (ex-rua dos Portugueses); 
5- Travessa Floriano Peixoto (ex-travessa Curral das Éguas);
6- Rua José do Patrocínio;
7- Rua Dom Pedro II;
8- Rua José de Alencar;
9- Rua José Bonifácio;
10- Rua Gonçalves Dias;
11- Rua Júlio de Castilho;
12- Rua General Osório;
13- Rua Prudente de Morais;
14- Rua Almirante Barroso;
15- Rua João Alfredo;
Fonte Amazonas/Praça Amazonense (atual praça Jonathas Pedrosa);
Horto Municipal, atravessado pelo igarapé Favela (ex-sitio do Espanhol);
Bairro Mocambo;
Cemitério dos Inocentes.

E da Lei n° 05 de março de 1.915 criou a Escola Mista Municipal “Jonathas Pedrosa”, instalada em 28 de julho deste ano, com matrícula de quarenta alunos de ambos os sexos, tendo como diretora e docente a professora Tevelinda Guapindaia, filha do Superintendente.
O governo do Estado do Amazonas criou em 1° de fevereiro de 1.915, a Delegacia de Polícia de Porto Velho, nomeando para o cargo de delegado no dia três desse mês e ano, o tenente Aristide Leite.
Dia 12 de dezembro de 1.915, o senhor João Alfredo Mendonça fundou o jornal “O Município”.
Foi instalado o diretório Municipal do Partido Republicano Conservador (PRC), tendo como presidente José Vieira Braga. Foi a primeira agremiação política de Porto Velho(1915).
Foi fundada em 1915 a Associação Dramática de Porto Velho, mudando sua denominação em 1.919 para Clube Internacional.
No decorrer de 1.915, Guapindáia mandou construir pontes sobre os igarapés interligando ruas, mandou canalizar com bueiros e aterrar trecho do igarapé Favela ligando a rua Gonçalves Dias à rua General Osório, mandou construir a cadeia pública da rua Dom Pedro II esquina com rua Júlio de Castilho, o mercado público municipal entre a avenida Divisória e as ruas José de Alencar, Henrique Dias e a atual praça Getúlio Vargas e o cemitério dos Inocentes em uma quadra de 9900m2, entre as ruas Almirante Barroso (ao norte), General Osório (ao sul), 13 de Maio (ao leste) e Prudente de Morais (ao oeste).

Em 1.916 no decorrer do ano registraram-se em Porto Velho:
A instalação dos consulados da república da Bolívia, Cônsulo J.M. Gutierrez e da República de Portugal, cônsul Antônio Rodrigues da Silva;
A fundação da Sociedade Beneficente Portuguesa; 
A fundação da Irmandade Santa Bárbara pela mãe-de-Santo Esperança Rita no bairro Mocambo
A fundação do clube de Futebol União Esportiva, pelo mister Leonardo Craney, do qual era presidente;
Em 1º de dezembro ocorreu sob a presidência do major guapindáia a primeira eleição municipal em Porto Velho para os cargos de Superitendente (prefeito).  Intendentes (vereadores) e Suplentes de Intendentes, sendo eleitos pelo Partido Republicano conservador (PRC), os cidadãos: Dr. Joaquim Augusto Tanajura, Superintendente Luzitano Corrêa Barreto, José Z. Camargo, Álvaro Dantas Paraguassu, Antônio Sampaio e Otávio Reis, intendentes; Alvaro de Oliveira Rosas, Bernadino de Almeida Lima, Júlio Coelho Carvalho e Faustino Lopes de Souza, Suplentes de Intendentes para o mandato de 1º de janeiro de 1917 a 31 de dezembro 1919.

Em 31 de agosto de 1.917, expedida a Lei n° 900, sancionada por Dr. Pedro de Alcantra Bacelar, governador do estado do Amazonas, elevando o Termo Judiciário de Porto Velho a categoria de Comarca.

Expedida a Lei n° 1011, de 7 de setembro de 1.919, sancionada por Dr. Pedro de Alcantara Bacelar, governador do estado do Amazonas.  Elevando o povoado de Porto Velho a categoria de cidade.

Pelo Decreto-Lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1.943, expedido pelo Presidente da República Dr. Getúlio Dornelles Vargas, a cidade de Porto Velho tornou-se capital do Território Federal do Guaporé, posteriormente T. F de Rondônia, por disposição da Lei n° 2.731, de 17 de fevereiro de 1.956.

A cidade de Porto Velho passou a ser capital do Estado de Rondônia, por disposição da Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro de 1.981, assinada pelo Presidente da República, general João Batista de Figueiredo.

Em 1.989, o Deputado Estadual Edson Fidelis, propois uma Emenda Constitucional mudando a capital do Estado para a cidade de Ji-Paraná, rejeitada por unanimidade pela Assembleia Legislativa.

Atualmente o município de Porto Velho com uma área de 34.068,50 Km2  localiza-se na I microrregião do estado, limitando-se ao norte, nordeste e noroeste com o estado do Amazonas; ao sul com os municípios de Candeias do Jamari e Alto Paraiso; ao oeste com o estado do Acre e República da Bolívia. Sudeste com os municípios de Cujubim e Machadinho do Oeste; A Sudoete com os municípios de Buritís, Nova Mamoré e Alto Paraiso; A Leste com o município de Candeias do Jamari.  Sua população no ano de 2000 era de 334.661 habitantes, estimada em 400.000 em 2007.  O município de Porto Velho no decorrer dos seus 94 anos de existência foi administrado por 66 administradores municipais da seguinte forma:

1 - Na condição de município do Estado do Amazonas;
9 - Superintendentes-5 nomeados e 4 eleitos;
5 - Presidentes do Conselho Municipal eleito;
1 - Interventor nomeado;
9 - Prefeitos nomeados a partir de 1.930;
2 - Na condição de Capital de Território Federal
31- Prefeitos nomeados;
3 - Na condição de Estados;
11- prefeitos –3 nomeados e 8 eleitos 


Os Presidentes do Conselho Municipal (Câmara) assumiam o cargo de Superintendente (prefeito) na falta e impedimento do titular efetivo).
 

SUPERITENDENTES E PREFEITOS DO MUNICÍPIO PORTO VELHO 1914 A 2006

                                         ESTADO DO AMAZONAS - 1914 A 1943

1Fernando Guapindáia de Souza Brejense1914/1916SuperintendenteNomeado
2Joaquim Augusto Tanajura1917/1919Superintendente Eleito 
3Álvaro Dantas Paraguassu1917/1919*Pres.Conselho MunicipalEleito
4Raimundo de Oliveira1920/1922SuperintendenteEleito
5Esron de Menezes1920/1922*Presidente Conselho MunicipalEleito
6Joaquim Augusto Tanajura1923/1925SuperintendenteEleito
7Arthur Napoleão Lebre1923/1925*Presidente Conselho MunicipalEleito
8Cicinato Correia Rodrigues04/08 a 29/09/1924InterventorNomeado
9Djalma CavalcanteAbril de 1926SuperintendenteNomeado
10Prudêncio Bogea de Sá1926/1928SuperintendenteEleito
11Celino Menezes1928/1929SuperintendenteNomeado
12Manuel da Cunha FreitasJulho/agosto 1929Presidente Conseho Municipal Eleito
13Salustiano LiberatoSetembro/agosto 1929SuperintendenteNomeado
14Tófilo MarinhoSuperintendente 1929/1930SuperintendenteNomeado
15Manuel da Cunha Freitas1929/1930*Presidente Conselho MunicipalEleito
16Raimundo Gonzaga Pinheiro1930/1931Prefeito MunicipalNomeado
17Arthur Napoleão Lebre1931/1932Prefeito Municipal Nomeado
18Francisco Plínio CoelhoMaio/dezembro de 1932Prefeito MunicipalNomeado
19Ariosto Lopes BragaJaneiro/maio de 1932Prefeito MunicipalNomeado
20Bohemundo Álvares AfonsoJunho/agosto de 1933Prefeito MunicipalNomeado
21José Ferreira Sobrinho1933/1938Prefeito MunicipalNomeado 
22Francisco Guedes L. FonsecaOutubro1937 a março 1938Prefeito MunicipalNomeado 
23Bohemundo Álvares Afonso1938/1943Prefeito MunicipalNomeado 
24José Marques GalvãoMaio/setembro de 1943Prefeito MunicipalNomeado 
*Interino no impedimento do titular   

A revolução de 1930 extinguiu os cargos de Superintendente e deEntendente municipais, criou os cargos de Prefeito e Vice-Prefeitos municipais.  Extinguiu os Conselhos Municipais.
                            TERRITÓRIO FEDERAL DO GUAPORÉ/RONDÔNIA - 1943 A 1981

25Mário Monteiro1944/1946Prefeito MunicipalNomeado
26Carlos Augusto de Mendonça1946/1947Prefeito MunicipalNomeado
27José Otino de Freitas Agosto/novembro 1947Prefeito MunicipalNomeado
28Celso PinheiroJaneiro/março 1948Prefeito MunicipalNomeado
29Flamínio de Júlio de AlbuquerqueMarço/junho 1948Prefeito MunicipalNomeado
30Rui Brasil Cantanhede1948/1951Prefeito MunicipalNomeado
31Rafael Jaime Castiel1951**Prefeito MunicipalNomeado
32Balduíno Guedes de Lira1951/1953Prefeito MunicipalNomeado
33José Saleh Moreb1954***Prefeito MunicipalNomeado
34Renato Climaco Borralho de Medeiros1955/1956Prefeito MunicipalNomeado
35Walter Montezuma de Oliveira1956/1957Prefeito MunicipalNomeado
36Thomas Miguel Chaquian1958 Janeiro/maioPrefeito MunicipalNomeado
37Rubens Cantanhede1958/1959Prefeito MunicipalNomeado
38Floriano Rodrigues RivaMaio/setembro 1961Prefeito MunicipalNomeado
39Homero Martins1962/1963Prefeito MunicipalNomeado
40Hamilton Raulino Gondim1963/1964****Prefeito MunicipalNomeado
41Antônio Serpa do Amaral1965/1966Prefeito MunicipalNomeado
42Paulo Trajano de Medeiros1965/1967Prefeito MunicipalNomeado
43Moacir Nunes Assunção1967Prefeito MunicipalNomeado
44Irineu Martins de Farias1967Prefeito MunicipalNomeado
45Hebert Alencar de Souza1967Prefeito MunicipalNomeado
46Hércules Lima de Carvalho1967 Prefeito MunicipalNomeado
47Walter Paula de Sales1967/1969Prefeito MunicipalNomeado
48Odacir soares Rodrigues1969/1971*****Prefeito MunicipalNomeado
49Jacob Freitas Atallah1972/1974Prefeito MunicipalNomeado
50Emanuel Pontes Pinto1974/1975Prefeito MunicipalNomeado
51Antônio Carlos Cabral Carpintero1975/1976Prefeito MunicipalNomeado
52Luis Gonzaga Farias Ferreira1976/1979Prefeito MunicipalNomeado
53Francisco Lopes Paiva1979/1980 Prefeito Municipal Nomeado 
54 Sebastião Assef Valladares1980/1981Prefeito MunicipalNomeado
              ESTADO DE RONDÕNIA - 1981
55Sebastião Assef Valadares1982/1985Prefeito MunicipalNomeado
56João Coelho de Oliveira19852 Janeiro/maioPrefeito MunicipalInterino
57José Alves Vieira Guedes1985 Prefeito MunicipalNomeado
58Jerônimo Garcia de Santana1985/1986 Prefeito MunicipalEleito
59Tomáz Guilherme Correia1986/1988 Prefeito MunicipalEleito
60Francisco José Chiquilito Coimbra Erse1989/1992 Prefeito MunicipalEleito
61José Vieira Guedes1993/1996 Prefeito MunicipalEleito
62Francisco José Chiquilito Coimbra Erse1997/1998 Prefeito MunicipalEleito
63Carlos Camurça1999/2000 Prefeito MunicipalEleito
64Carlos Camurça2001/2004 Prefeito MunicipalEleito
65Roberto Sobrinho2005/2008Prefeito MunicipalEleito
66Roberto Sobrinho2009/Prefeito MunicipalEleito
* Presidente do Conselho Municipal, assumiam o cargo de Prefeito na ausência ou impendimento do titular; 
 ** Exerceu o cargo de Prefeito Municipal nos anos de 1951;1953;1954;1961;1964, sendo deposto e preso pelo governo militar da revolução de 1964;
 *** Exerceu o cargo de Prefeito Municipa nos anos de 1954;1956;1961;1962;
**** Exerceu o cargo de Prefeito Municipal nos anos de 1963;1964;1965; 
*****Excerceu o cargo de Prefeito Municipal nos anos de 1969/1970;1971 e 1974;
Leônidas Rachid Jaudy, prefeito interino (1970) nomeado.
2 Presidente da Câmara Municipal;
Obs: A revolução de 1930 extinguiu os Conselhos Municipais.
Fonte: Abnael Machado de Lima

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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Gente de Opinião Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)