Segunda-feira, 9 de janeiro de 2023 - 15h53
A pecuária é apontada por alguns, sem o devido conhecimento técnico,
como a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa. Não é
verdade. As estatísticas oficiais comprovam: o maior responsável disparado por
CO2 na atmosfera – causa de 74% dos GEE – são os combustíveis fósseis.
A pecuária emite somente cerca de 3% dos GEE, mas – o que nunca entra na
conta – também sequestra carbono e fixa no solo mais do que emite. Portanto, a
atividade tem saldo é positivo, apesar de muitos não quererem enxergar.
Entendo que a prioridade número um do planeta é acabar com a fome, que
implacavelmente atinge mais de 1 bilhão de pessoas. Conclusão óbvia: é preciso
aumentar a produção de alimentos, para oferecer comida em mais quantidade e
menor preço.
Nos países desenvolvidos, a Revolução Industrial ocorreu bem antes do
que no Brasil. Consequência desse processo, as nações da União Europeia e os
Estados Unidos desmataram suas florestas para sustentar o seu desenvolvimento
com produção agrícola, mineração, infraestrutura etc.
Nós e os demais países em desenvolvimento precisamos aumentar nossa
produção e infraestrutura para gerar empregos e melhorar as vidas das pessoas.
Que fique bem claro: não sou favorável ao desmatamento ilegal. Mas
precisamos pensar numa forma de não ter nosso desenvolvimento – que é
extremamente necessário especialmente para a população mais carente –
comprometido e sermos recompensados pelos países que desmataram suas florestas,
se desenvolveram e têm seu povo em condições muito melhores de vida.
Nosso Código Florestal é o mais rígido do mundo. Além disso, somos os
maiores preservadores do meio ambiente do mundo. De longe! E essa preservação é
executada e financiada pelo agronegócio.
O desmatamento ilegal é obra, principalmente, de criminosos. Em especial
de grileiros, que são na realidade ladrões de terras. Ocupam áreas públicas e
desmatam para tomar posse. O negócio deles é exclusivamente imobiliário.
O produtor rural, por sua vez, prioriza o aumento da oferta de
alimentos, contribuindo para gerar empregos, aumentar a arrecadação do Estado,
melhorar a balança comercial e diminuir a fome no mundo – aquela que atinge 1
bi de pessoas.
Não tem sentido nem é justo atacar o agro. Se há quem comete crimes,
trabalha sem ética e sem responsabilidade social e ambiental, precisa ir para a
cadeia. A grande maioria dos produtores é honesta, contribui para o
desenvolvimento do país e para colocar comida na mesa dos brasileiros e de mais
de 180 países. É esse agronegócio que me faz brilhar os olhos e contribui para
um mundo melhor e sem fome.
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