Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022 - 18h27
A grandeza do setor produtivo de Rondônia se faz notar
pelos números. Na pecuária, o Estado continua batendo recordes e, com o rebanho
bovino ultrapassando as 16,2 milhões de cabeças, continua sendo o maior rebanho
dentro das áreas brasileiras reconhecidas internacionalmente como livre de
febre aftosa sem vacinação. Dados registrados pela Agência de Defesa Sanitária
Agrosilvopastoril (Idaron) apontam que o rebanho bovino de Rondônia possui
16.240.416 (dezesseis milhões duzentos e quarenta mil quatrocentos e dezesseis)
cabeças de gado.
De acordo com o médico veterinário Fabiano Alexandre dos
Santos, gerente de Defesa Sanitária Animal da Agência Idaron, muitos fatores
contribuíram para este crescimento, que faz a região despontar também como
líder de produção de gado na Amazônia. “Um desses fatores é a forte atuação da
Idaron junto às propriedades rurais e a fiscalização do trânsito de animais de
produção dentro do território. Destaco ainda o firme compromisso do pecuarista
que tem mantido vigilância contra doenças e cumprido todas as medidas
sanitárias adotadas pela Idaron, em consonância com o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, salientou.
Com todo o rigor sanitário e comprometimento do produtor, o
resultado não poderia ser outro, a carne produzida em Rondônia é visada por
grandes mercados consumidores, o que anima ainda mais os pecuaristas.
Dentre os municípios, quatro detém o título de maiores
produtores de gado, Porto Velho, Nova Mamoré, Buritis e Jaru. Porto Velho é o
primeiro, com um rebanho superior aos 1,47 milhões de cabeças, em mais de 8,2
mil propriedades rurais. A predominância da região é a criação de gado de
corte. Nova Mamoré, o segundo maior produtor, tem 886,7 mil cabeças, Buritis, o
terceiro, registrou 581,1 mil bovinos e Jaru possui um rebanho de mais de 567,2
mil cabeças.
No que se refere ao rebanho bubalino, Rondônia tem 6,1 mil
cabeças e Porto Velho também lidera na criação dessas espécies, com 820
cabeças. “Não há dúvida de que o estado de Rondônia é uma grande potência
produtiva de carne e derivados na Amazônia. Esse desempenho é reflexo do
esforço do Governo de Rondônia no seu projeto de desenvolvimento sustentável
para o setor, por meio da Idaron”, destaca Júlio Cesar Rocha Peres, presidente
da Agência de Defesa Sanitária.
O crescimento da pecuária se converte em cifras,
fortalecendo a economia rondoniense. Atualmente, Rondônia exporta praticamente
toda de sua produção, 76 milhões de toneladas de carne por trimestre, em média,
o que gera um efeito positivo de US$ 329 milhões (dólares) no mesmo período na
balança comercial do Estado.
O dirigente da Idaron lembra que desde 2003, quando o
Estado de Rondônia foi declarado livre da febre aftosa, com vacinação, foi
constatado um impulso considerável na produção de bovinos, e que neste
processo, alguns fatores foram decisivos. Segundo ele, com o aumento da procura
da carne de Rondônia, a agropecuária tradicional passou por uma grande
transformação, que exigiu o emprego de tecnologia reprodutiva para geração de
animais de alta performance – precocidade, acabamento e carcaça – e de
tecnologia de manejo de pastagem e nutrição, entre outros que foram decisivos
na conquista de novos mercados pelo mundo. Nesse sentido, podemos considerar
ainda que a condição sanitária dos nossos rebanhos, fruto de uma auspiciosa
parceria público privada, devidamente certificada pelos organismos
internacionais, atrai cada vez mais os mercados mais exigentes.
Júlio Peres destaca também as iniciativas de
industrialização, com a instalação de grandes plantas frigoríficas e de
laticínios, em todas as regiões do Estado, o que impulsionou positiva e
concretamente os níveis da produção e as exportações rondonienses.
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