Quinta-feira, 24 de agosto de 2023 - 18h19
Em uma visita à biblioteca
municipal Francisco Meirelles,
em Porto Velho - RO, membros da
Academia Rondoniense de Letras, Ciências e Artes (ARL), encontram parte da nossa
história ”quase” esquecida, jazendo em uma sala quente e úmida, aguardando há
mais de um ano para ser digitalizada.
UM POUCO DE HISTÓRIA – DE TREZENTOS E NOVENTA ANOS ATÉ
HOJE
Relation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, impresso a partir de 1605 por Johann Carolus, em
Estrasburgo, Alemanha, é o primeiro jornal da história.
O primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da
Impressão Régia, no Rio de Janeiro foi a Gazeta do Rio de
Janeiro (10
de setembro de 1808) e marca
o início da imprensa no país. O Correio Braziliense veio meses antes,
mas era impresso em Londres (1808).
O primeiro jornal
impresso na região que hoje é Rondônia foi o Humaytaense (29 de agosto de 1891), no município de Humaitá, hoje
pertencente ao estado do Amazonas. O município ia desde a cachoeira de Santo
Antônio até onde viria a ser Porto Velho.
Os mais relevantes
jornais de Rondônia: jornal Humaytaense; o Alto Madeira; o Parceleiro (primeiro
jornal de Rondônia com distribuição nacional); o Guaporé; o Estadão do Norte; a
Gazeta de Rondônia; o Diário da Amazônia. Destes, apenas o último ainda circula
regularmente.
A história da imprensa
escrita no mundo remonta, pois, a mais de trezentos e noventa anos antes do
surgimento da Internet.
O primeiro jornal online foi ao ar em 1995 e chamava-se Personal
Journal, uma versão digital do The Wall Street Journal (New York – USA).
Aqui no Brasil, o ano acima citado também marcou a origem do jornal JB Online,
o primeiro nacional na internet.
Preservação de documentos: O primeiro scanner foi
inventado em 1963, pelo engenheiro alemão Rudolf Hell.
HOJE,
SÉCULO 21, ANO 2023, MÊS AGOSTO
Os membros da comissão da ARL: Vereador e historiador
Alex Palitot; fotógrafo Rosinaldo Machado e jornalista e artista pástico Marco
Aurélio Anconi, são recebidos pelo diretor da principal biblioteca de Rondônia,
Carlos Augusto da Silva.
Em uma sala úmida e quente, no primeiro andar da
biblioteca municipal Francisco Meirelles, empilhados em prateleiras,
encontram-se mais de cem anos da nossa história impressa. São exemplares de
quase todos os noticiosos citados acima; a maioria em estado lastimável de
conservação.
Defensor da preservação da nossa história, Carlos Augusto
lamenta a falta de apoio, de profissionais capacitados e, principalmente, de apoio
político. “Depois de meses de espera (processo licitatório e outros entraves)
recebemos o aparelho condicionador de ar que atende aos requisitos da sala onde
está o acervo jornalístico. Agora falta a empresa ganhadora da licitação para a
instalação do mesmo, terminar o serviço iniciados a mais de uma semana. Temos
fé”.
Continuando. “Temos um acervo de mais de 15 mil jornais,
produções jornalísticas que retratam crônicas, lendas, fábulas, mitos, relatos
e fatos históricos que marcaram a memória da população rondoniense”.
A aquisição de um scanner de última geração, adequado para
digitalização de livros e jornais, aconteceu já há alguns anos, mas a
aparelhagem, completamente montada, está em desuso a mais de um ano, Segundo o
fotógrafo e especialista, Rosinaldo Machado, “a falta de uso do equipamento
pode causar a desregulagem e mesmo a degradação de um equipamento de centenas
de milhares de Reais”.
“A digitalização desse patrimônio histórico é de vital
importância, para manter o estado de preservação dos periódicos, já que, por
causa da ação do tempo, a qualidade de muitos jornais da época pode ter se
perdido”, diz o diretor da Francisco Meirelles.
Alex Palitot, encabeçando a comissão da ARL, após ouvir os
relatos, ficou de buscar providências junto à Secretaria Municipal de Educação,
órgão responsável pelo acervo histórico de Porto Velho.
Há que se indicar culpados? Sabemos apenas que os funcionários da Francisco Meirelles estão isentos, pois fazem todo o possível para preservar o ”espólio” herdado de administrações anteriores. A falta de agilidade e propósito se deve apenas à burocracia, à falta de visão histórica, ou a soma dos dois?
*Marco Aurélio Anconi - Jornalista - Membro da ARL – Cadeira 33 DRT/RO: 0065
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