XICO NERY
Amazônias
COBIJA, Pando, Bolívia — Cerca de 2,5 mil autoridades bolivianas serão eleitas a partir deste domingo (3), em eleições livres e diretas nas províncias (municípios), capitais e departamentos (estados) em todo o país. O governo central boliviano, além de garantir a segurança dos eleitores, no pleito deste ano, avançou no processo de descentralização.
De acordo com a programação da campanha divulgada pela Corte Nacional, os bolivianos vão eleger nove governadores, 144 membros das assembléias departamentais (equivalente às Assembléias Legislativas Estaduais, no Brasil), 337 prefeitos (alcaides), 1.887 vereadores e 23 autoridades indígenas Colla e Camba.
Avanço
Segundo o ex-ministro da Presidência Juan Quintana – licenciado para coordenar as eleições em todo o país – é a primeira vez que eleitores decidirão, em um único dia, sobre tal quantidade e diversidade de cargos. Ele disse que, a idéia do Congresso boliviano é avançar no processo de descentralização.
Para lideranças do Partido Comuista Brasileiro (PCB) em Guajará-Mirim e Porto Velho, no país não se tem conhecimento até agora de qual governo tenha flexibilizado sua legislação eleitoral e penal, respectivamente, aos que divergem claramente do neoliberalismo pró-Estados Unidos, a exemplo de Cuba, Bolívia, Venezuela, Equador e Honduras, antes do golpe que derrubou o presidente Zelaya.
Direitos iguais
Da mesma forma, eles garantiram que até mesmo os indígenas bolivianos e outras minorias sociais têm, agora, direitos plenos assegurados pela nova Constituição em vigor desde 28 de novembro de 2009, que acabou com outros atentados à democracia na Bolívia, com o latifúndio e o monopólio dos combustíveis que tem no gás e no petróleo suas maiores riquezas. Nada era revertido ao bem-estar da população.
No caso dos indígenas, a nova lei respeitou os costumes das etnias para nomear as autoridades que podem serão escolhidas por aclamação ou decisões de dirigentes de suas comunidades — disseram ainda, fontes da Corte Nacional.
O partido do Movimento Ao Socialismo (MAS) que dar sustentabilidade ao governo do presidente Evo Morales. É a agremiação que possui mais candidatos inscritos para disputar as eleições deste 4 de abril.
— O principal objetivo é ganharmos as prefeituras nas capitais dos departamentos (estados) de Santa Cruz, Beni, Tarifa e Chuquisaca, onde a oposição conservadora se estabeleceu há mais de século e onde os mais pobres ou extremamente pobres, não tinha oportunidades de competir com as elites, seja no comércio, campesinato ou na indústria — analisou o ex-ministro Quintana.
Bolívia no caminho democrático
COBIJA, Pando – Desde que o presidente Evo Morales assumiu o poder na Bolívia em janeiro de 2006, o país promoveu vários pleitos e consultas populares mais variadas, como referendos sobre autonomia, constitucionais ou sobre a continuidade dos principais projetos desenvolvimentistas do país.
Houve ainda eleições gerais em dezembro passado no Estado Plurinacional da Bolívia, algo incomum em outras épocas dos governos de Hugo Banzer e do ex-presidente Jorge Quiroga, do Partido Democrático Social (Podemois) e de outros ligados ao neoliberalisnmo pró-Estados Unidos, como o Partido da Unidade Nacional (UN).
Guayaramerín
Disputam cargos de prefeitos (alcaides), nesta província (municipio) do Departamento (Estado) Beni, o empresário Alexander Guzman Maldonado (MAS), Hermes Vargas Rivera (Primeiro o Beni), Marcos Pinto Oyoda (Partido Convergência Amazônica), Helen Gorayeb de Artelo (Movimento Nacional Revolucionário) e Ridder Ruiz Roca (Partido do Movimento Sin Medo), este ligado ao ex-alaide (preeito) Dr. Guido Roca, que deixa o cargo logo as eleições deste 4 de abril. (X.N.)
Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)