Terça-feira, 16 de novembro de 2010 - 21h09
MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
ALTO ALEGRE DOS PARECIS, Rondônia – Na estrada poeirenta que corta um longo trecho da Zona da Mata Rondoniense, a 531 quilômetros de Porto Velho, o pôr-do-Sol me leva novamente à infância. Lembrá-lo faz parte de um conjunto de sensações renovadas a cada dia, entre as quais, o alvorecer e o entardecer no sertão.
O pôr-do-Sol se apresenta mais brilhante do que o nascer, porque os matizes de vermelho e laranja aparecem mais vibrantes.
Numa curva da estrada, avista-se a pequena capela. Diante dela, mesmo no clarão, o princípio do fim do dia.
Voltava da Terra Indígena Massaco, no Guaporé. O carro parou, os passageiros desceram para observar tão grandioso espetáculo que a natureza proporciona ao ser humano e aos animais.
Senti um misto de alegria e inquietude nas pessoas, recordei situações e pensei nos lugares por onde andei. Memorizei este trecho do sertão de Alto Alegre, na expectativa de revê-lo o mais breve possível.
A luz do Sol sofre um desvio causado pela atmosfera. Mas ela pode ser vista depois de romper o horizonte físico. Merece celebração, com olhos bem abertos: talvez seja esta a hora de acordar, aprender a enxergar e sentir.
Da poetisa Rosa Helena, “Pôr-do-sol no sertão”:
Parece sumir nas serras
Rajas vermelhas e amarelas
O mais belo por do sol
Dos pássaros se ouve o canto
E o céu parece um manto
Com todo seu esplendor.
É a mais bela das visões
Que a natureza oferece
O entardecer no sertão
Quando os anjos fazem prece
Não há quem não se encanta
Com o esplendor que o sol tece.
Seus raios vão cintilando
Nos morros e horizontes
Iluminando as campinas
Deixa as vargens cristalinas
De uma beleza que fascina
Pureza da obra Divina.
Despede da natureza
E aos poucos vai sumindo
Com toda sua beleza
Deixa a natureza dormindo
Para renascer com certeza
Trazendo outro dia mais lindo.
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