Domingo, 19 de setembro de 2010 - 20h44
Efeitos causados pela formação de pastagens são agora estudados pelo Museu Goeldi /ARQUIVO |
LUCILA VILAR
Agência Museu Goeldi
BELÉM, Pará – Com mais de três décadas de atividades na região amazônica, a pecuária é uma atividade que interfere diretamente no processo de ocupação da região. A conversão da floresta primária em pastagens pode causar uma série de impactos, como alterações nos ciclos bioquímicos e a perda de biodiversidade.
Buscando analisar esse processo, a bolsista do Museu Paraense Emílio Goeldi, Gabriele Ferreira Monteiro, orientada pelo pesquisador Jorge Gavina Pereira, desenvolveu o estudo “Caracterização do Desflorestamento na Fronteira da Expansão da Agropecuária no Sudeste do Estado do Pará”. As áreas escolhidas para a análise foram os municípios de São Félix do Xingu e Altamira, no sudeste paraense, dada as suas relevâncias no processo de expansão da ocupação de fronteira.
Gabriele conta que o objetivo do estudo foi analisar os padrões de abertura de áreas de floresta para a expansão da fronteira agropecuária no Sudeste do Estado, no período de 1997 a 2008. Para desenvolver a
Desflorestamento total em 2009 /AG.MUSEU GOELDI |
analise, Gabriele estabeleceu como base seis unidades espaciais e utilizou dados de desflorestamento gerados pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), informações reconhecidas como oficiais do governo brasileiro.
Resultados
Tomada como ponto inicial de referência, é a partir da sede do município de São Félix do Xingu, que se definiram as seis unidades espaciais utilizadas na pesquisa. Divididas de forma concêntrica (circular), as unidades estão em trechos de 0-50 quilômetros, 50-100km, 100-150km, 150-200km, 200-250km e 250-300km da sede.
De acordo com a pesquisa, os resultados permitiram comparar as unidades espaciais de estudo e o comportamento do desflorestamento para cada um dos anos analisados. Na área mais próxima da cidade de São Félix, por exemplo, onde a ocupação é mais antiga, há pouca floresta e muita intervenção humana.
Veja Cenários de produção agrícola, pecuária e conflitos fundiários em Altamira e São Félix do Xingu. Texto completo aqui
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