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Abaitará, o embrião da Universidade Rural de Rondônia


 Abaitará, o embrião da Universidade Rural de Rondônia - Gente de Opinião
Larisssa (entre o pai e a mãe) entusiasmou-se com o Instituto Abaitará


 

ABDORAL CARDOSO

A boa qualidade do ensino oferecido no Instituto Abaitará é um atrativo a mais, garante Larissa Kailane Coitinho de Almeida, de 17 anos. Moradora no Bairro Apediá, em Pimenta Bueno, ela ingressou em 2013 no curso de agroecologia.
 

De férias após passar por média nas disciplinas do 1º ano, Larissa descobriu a vocação após o início do curso. Já comemora também a chegada da irmã mais nova Nataliana, que espera somente a conclusão do ensino fundamental para seguir o exemplo da irmã.
 

Animada com o próprio desempenho, Larissa destaca a importância da pedagogia da alternância. Permite que o conhecimento adquirido em sala de aula seja colocado em prática fora do colégio. Larissa fala com desenvoltura sobre os planos para o futuro e diz sonhar com o ingresso na faculdade de zootecnia: “Se a gente conseguir conscientizar as pessoas sobre a importância do meio ambiente e da agroecologia, o mundo será melhor”.
 

Abaitará, o embrião da Universidade Rural de Rondônia - Gente de Opinião
 Andrey está no 2º ano de agroecologia
e sonha com a Faculdade

O curso de agroecologia tem duração de quatro anos e forma técnicos nas áreas de piscicultura, floresta, agricultura, terra e apicultura e criações. O anúncio da transformação do instituto na primeira Faculdade de Agroecologia e Meio Ambiente da região Norte aumentou foi comemorada por diretores, professores e alunos.
 

A um passo da Faculdade
 

Se depender do bom nível de relacionamento entre alunos que moram na cidade com egressos do meio rural a instituição será criada logo. Larissa ressaltou ainda o bom relacionamento com os colegas da zona rural. Às vezes eles ajudam os professores porque têm também o conhecimento prático, e isso é bom para todos.  “Acredito que a transformação do instituto em faculdade vai ajudar muito na fixação dos jovens no campo”.
 

Os pais de Larissa, o ex-gerente gráfico da Emater, Natalino Alves de Souza, e a esposa Raimunda dos Santos Coitinho, dizem que o diálogo com as filhas é aberto e preferem não interferir nas decisões das filhas. Souza aprovou, no entanto, a escolha da filha mais velha porque o curso além de educar ensina a lidar com a terra e produzir alimentos mais saudáveis sem o uso de defensivos agrícolas que é um dos grandes desafios da humanidade.
 

Outro aluno que mora na cidade, Andrey Tavares Sanches, 17, na quadra 7, Bairro BNH, é filho de trabalhador do setor agropecuário e sobrinho do gerente de fazenda, Marcelo Pedroso, o aluno do 2º ano de agroecologia.  Garante: ao contrário do irmão Hudson Sanches que desistiu do curso após três quinzenas, pretende continuar os estudos e esperar pela faculdade para ingressar no curso superior.
 

Ainda não sabe a nota, porque o professor Geraldo Martins de Almeida, do modulo Produção Vegetal, ainda está avaliando. Sanches elaborou um projeto de horticultura e conseguiu fazer o experimento numa horta que plantou em área cedida por um chacareiro na Estrada do Aeroporto, em Pimenta Bueno. “O resultado do plantio de alface foi bom. Usei adubo orgânico para correção do solo. Se criarmos essa nova consciência, começando pelos parentes podemos produzir alimentos mais saudáveis”, disse. 

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