Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 - 05h25
Haitianos são bem recebidos na Amazônia Ocidental Brasileira, a exemplo do que já ocorreu com árabes, espanhóis, portugueses e outras nacionalidades /PÁGINA20 |
LEONILDO ROSAS
Página20 e
OPERA MUNDI
RIO BRANCO, Acre – Mais haitianos continuam chegando a Brasiléia, a 240 quilômetros da capital acreana, na fronteira brasileira com a Bolívia. Eles já somam 183 indivíduos. São refugiados do Haiti, que foi devastado por um terremoto há um ano. Eles buscam seu lugar ao sol em qualquer parte do mundo.
Durante o terremoto, 188 mil casas e 60% dos prédios públicos foram destruídos. De acordo com as Nações Unidas, mais de 222 mil pessoas morreram e um milhão continuam desabrigadas. Considerado o país mais pobre das Américas, o Haiti vai demandar 10 anos e muito dinheiro para voltar à normalidade.
No Acre os refugiados têm boa acolhida. O governador Tião Viana afirmou sexta-feira que, num mundo globalizado, não há como ignorar a situação dos haitianos que chegaram a Brasiléia, cidade ao lado de Cobija, capital do Pando. Disse que já fez contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para obter tratamento especial aos haitianos, de forma que possam permanecer no Acre em condições legais.
Brasiléia fica na fronteira brasileira com a Bolívia. Limita-se no Acre com Epitaciolândia, Assis Brasil, Sena Madureira e Xapuri / MONTEZUMA CRUZ |
Desde sua criação, o Acre sempre acolheu estrangeiros, vítimas ou não de tragédias. Árabes, libaneses, portugueses, espanhóis, entre outros, ajudaram a criar o Estado e constituir por aqui o que ficou conhecido como “povo da floresta”. Agora parece ser a vez dos haitianos.
Cólera
Para a ONG Viva Rio, que está atuando no Haiti, há mais de quatro anos, o surto de cólera no país tem o potencial para fazer mais vítimas fatais que o terremoto de 2010.
A declaração foi dada pelo coordenador da ONG, Jean Phylipe Espírito Santo, encarregado de Relações Institucionais da Viva Rio.
"A epidemia de cólera tem a tendência de se propagar muito rapidamente, já que as condições de higiene e saneamento no país são precárias, por isso acredito que duas coisas sejam muito importantes: reconstrução de infraestruturas e o saneamento. A epidemia de cólera pode matar muito mais pessoas do que o terremoto", disse.
Segundo as Nações Unidas, o terremoto de 12 de janeiro passado matou mais de 222 mil pessoas e deixou 1,5 milhão desabrigadas.
Desde o início do surto de cólera em outubro passado, a doença já matou mais de 3,6 mil pessoas e infectou 170 mil causando 95 mil internações.
E AINDA, BBC BRASIL
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