Sexta-feira, 29 de junho de 2018 - 14h42
A Antaq , em parceria com o Movimento Pró-Logística, realizou, na quarta-feira (27), mais uma edição do Café Hidroviário. O evento aconteceu na sede da Agência, em Brasília, e contou com a participação de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), de empresários, entre outros.
Os derrocamentos do Pedral do Lourenço e do Pedral de Nova Avanhandava e a dragagem do Rio Madeira foram alguns dos assuntos discutidos durante o encontro, que tem como objetivo a troca e o alinhamento de informações entre os participantes.
O coordenador de Obras Hidroviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), André Cardoso, informou que as obras do derrocamento do Pedral do Lourenço devem ser iniciadas em março de 2020. Isso porque há alguns trâmites, principalmente relacionados ao meio ambiente, que precisam ser finalizados. A expectativa é que as obras terminem no final de 2022.
Com o derrocamento, haverá aumento da navegabilidade da Hidrovia Tocantins-Araguaia e facilitará o escoamento da produção do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso. O valor do investimento é de R$ 520 milhões. Organizador do evento, o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, destacou que a Agência está à disposição para dar celeridade ao início das obras. “É um projeto complexo, e mobilizações são necessárias”, afirmou.
Localizado entre a Ilha do Bogea e Santa Terezinha do Tauri, no Pará, o Pedral do Lourenço tem 43 quilômetros de extensão. Conforme o DNIT, com o seu derrocamento, a expectativa é que o tráfego de embarcações e comboios seja viável durante todo o ano, em um trecho de 500 quilômetros que vai de Marabá até o porto de Vila do Conde, em Barcarena. Após a remoção das rochas, será aberto um canal navegável de cerca de 140 metros de largura no trecho.
Em relação ao derrocamento do Pedral de Nova Avanhandava, Cardoso informou que as obras devem ser finalizadas em novembro de 2019. O objetivo é aprimorar a navegabilidade do Rio Tietê. O DNIT é o responsável pelo repasse dos recursos para a obra, avaliada em mais de R$ 180 milhões, e é executada por meio de convênio com o Departamento Hidroviário de São Paulo.
Para Tokarski, essas obras são fundamentais para o transporte hidroviário. “Os derrocamentos contribuirão para a navegabilidade. Isso dará segurança à navegação e atrairá investimentos”, disse.
DRAGAGEM DO RIO MADEIRA
Sobre a dragagem do Rio
Madeira, o coordenador de Obras Hidroviárias do DNIT disse que as obras
foram iniciadas em agosto de 2017. Cardoso destacou que nos próximos
cinco anos serão investidos R$ 68,7 milhões para garantir o calado
mínimo de 3,5 metros necessário para a navegação. “Mas a dragagem do Rio
Madeira é uma obra que será contínua”, ressaltou o engenheiro civil,
destacando que o trabalho é desafiador.
O diretor da Antaq
destacou que a dragagem do Rio Madeira é importante para navegação e,
consequentemente, para o uso múltiplo das águas. “Os usuários da
hidrovia estão reclamando da alteração abrupta que acontece devido à
Hidrelétrica Santo Antônio, que segura e acelera a geração de energia
elétrica, modificando de um a dois metros a profundidade do rio,
afetando a navegação e a operação dos terminais. Pretendemos tratar
desse assunto com a Agência Nacional de Águas”, apontou Tokarski.
Agentes do setor hidroviário participam do evento
Os
diretores da Antaq, Mário Povia (geral) e Francisval Mendes,
participaram do Café Hidroviário. Destacaram a importância do evento
como forma de trocar ideias sobre navegação fluvial e logística. Para
Edeon Vaz, diretor executivo do Movimento Pró-Logística, o evento é
importante para reunir os hidroviários, que serão os multiplicadores dos
assuntos de interesse do transporte fluvial.
O
diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp),
José Alex Oliva, destacou o transporte hidroviário como ferramenta
importante para a logística nacional. “Não podemos ficar reféns do
transporte rodoviário”, disse, destacando a Hidrovia do Porto de Santos,
que precisou de apenas R$ 55 mil para ser viabilizada.
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