Sábado, 16 de outubro de 2010 - 18h11
XICO NERY
Amazônias
PORTO VELHO – Se depender do ex-governador e senador eleito Ivo Narciso Cassol (PPS) o pupilo João Aparecido Cahulla continuará no trono em Palácio Presidente Vargas. Este foi o ultimato com o qual ele encerrou uma da série de reuniões de bastidores que o grupo Cassol promove no Rondon Palace Hotel, desde a segunda-feira, na tentativa de oxigenar os novos rumos da campanha.
– Vamos ganhar a eleição no peito ou na raça, ou eu não me chamo Cassol – desafiou o senador eleito no final do encontro. O informante de Amazônias disse que Cassol parecia nervoso ao esmurrar a mesa e ordenar a todos “a se mexer” para vencer o agora temido candidato do PMDB, Confúcio Moura.
A mesma fonte lembrou que uma gravação feita com o deputado Eduardo Valverde (PT) por um apresentador no estúdio de uma emissora de rádio em Jaru é um dos motes de Cahulla nesta reta final. Na gravação, o ex-candidato petista teria confidenciado a aliados que o PMDB cobriria os gastos da campanha dele.
O comando de Cahulla quer desmentir Confúcio “de que aliados e não-alinhados de última hora não exigiram cargos nem o loteamento do governo numa possível gestão peemedebista”. Fogo para todo lado.
Magno e Capixaba a todo vapor
Entre arapongas do passado e informantes aleatórios, Cassol exigiu mais empenho dos coordenadores de Cahulla e partam para o “tudo ou nada”. Ao chamar para si as decisões, principalmente as financeiras, o senador eleito deslocou o deputado federal eleito Carlos Magno para o centro de operações financeiras da campanha. E destinou o também deputado eleito Nilton Capixaba para o eixo da BR-364, com ordem para gastar o que puder a partir da cidade de Cacoal, principal reduto eleitoral do ex-primeiro secretário da mesa diretora da Câmara dos Deputados.
Cassol, também, delegou funções ao “grupo dos cinco”, composto por ele, Cahulla, Carlos Magno, Nilton Capixaba e o chefe da Comissão de Licitação do Governo do Estado, o servidor de pré-nome Salomão. São eles agora que decidem e mandam em tudo, confidenciou a fonte de Amazônias.
– A situação agora passa a mudar porque, em todos os cantos do estado o dedo de Cassol vai apontar para cima de líderes comunitários, dirigentes religiosos e servidores que integram a máquina de governo – assinalou a fonte.
Motoqueiros ‘garimpados’
Além dos anunciados dossiês contra o candidato de oposição e seus aliados Expedito Júnior, senadora Fátima Cleide, o ex-prefeito de Ji-Paraná, José de Abreu Bianco, diretores da Associação de Municípios de Rondônia e outros, o senador determinou “mais garra nos redutos oposicionistas, com dinheiro ou sem dinheiro”.
A primeira ação positiva dentro do novo teatro de operações começou com parte da adesão de motoqueiros ‘garimpados’ no Kabanas Club, dia 12, pelo suposto motociclista João Henrique Miranda, ligado à Força Sindical, o mesmo que teria jurado fidelidade a Confúcio Moura no Aquarius Hotel, na mesma data.
Ao apontar queda nas intenções de votos em Cahulla, o senador eleito teria exigido os nomes de todos os cargos de confiança sob a guarda de deputados estaduais e federais, prefeitos e aliados do governo. Lista à mão, com nomes, endereços e telefones. É a hora do aperto final, implacável.
O segundo passo, ir a campo para garimpar votos em bairros, no interior e nos meios governamentais. Para isso é que foram deslocados os eleitos Capixaba e Magno. Na reunião no Rondon Palace, Cassol abordou não apenas essa “queda” de Cahulla no primeiro turno, mas também, a preocupação com a eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa. Segundo a fonte palaciana, Walter Araújo é a “bola da vez” do grupo Cassol, cuja ameaça de perda no segundo turno pode acelerar a ascensão do vereador e deputado eleito do PMDB, Zequinha Araújo, suposto ungido do candidato do PMDB.
Nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, a partir das 9h, começa o 2º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, com mais de 80 seringueiros
Concertação pela Amazônia lança, na Cúpula, em Belém, documento com propostas para o território
A iniciativa Uma Concertação pela Amazônia chega aos Diálogos Amazônicos, da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), nos dias 4 a 6 agosto, com sua terce
A 'Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia' reunirá, na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 4 e 8 de agosto, representações regionais e naci
Preparatória para Cúpula da Amazônia debate futuro sustentável e prosperidade dos povos tradicionais
A Cúpula da Amazônia acontece nos próximos dias 8 e 9 de agosto, pela primeira vez, em Belém do Pará. O encontro é um marco das relações entre o Bra