Terça-feira, 19 de julho de 2016 - 11h04
A Marinha do Brasil restringiu a navegação no Rio Madeira entre Porto Velho (RO) e Humaitá, no Amazonas. Houve suspensão da navegação noturna de comboios de embarcações em trecho do rio situado em Rondônia. A medida foi determinada no último dia 13, após inspetores navais verificarem pontos críticos onde o nível do Rio Madeira era de pouco mais de dois metros. O baixo nível das águas coloca em risco a navegação e reduz as condições de navegabilidade.
Segundo o Comando do 9º Distrito Naval, entre os dias 8 e 12 deste mês uma equipe de inspetores navais da Delegacia Fluvial de Porto Velho (DelPVelho) navegou pelo trecho entre a capital de Rondônia e o município amazonense de Humaitá. A equipe identificou quatro pontos críticos: entre os municípios de Porto Velho e Calama (RO); Travessia do Tamanduá, Travessia dos Papagaios, e Travessia de Curicacas, entre Porto Velho e Humaitá.
"Nesses trechos, foram encontrados bancos de areia, que podem ocasionar acidentes da navegação, como o encalhe de embarcações. Na Travessia dos Papagaios a profundidade era de cerca de três metros e setenta centímetros. Na Travessia de Curicacas a profundidade local era de três metros e oitenta centímetros. Já na Travessia do Tamanduá a profundidade local era dois metros e setenta centímetros", informou a Marinha.
Dentre as medidas adotadas, no dia 13 de julho, a Delegacia Fluvial de Porto Velho (DelPVelho) emitiu o Ofício n.º 224/DelPVelho-MB destinado às empresas de navegação, com base no item 0502.1.2, da Seção I, do Capítulo 5 das Normas e Procedimentos da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (NPCF/CFAOC), suspendendo a navegação noturna de comboios no trecho compreendido entre os municípios de Porto Velho e Calama, em Rondônia.
O documento recomenda, ainda, a atenção redobrada pelos navegantes, inclusive, no período diurno, devido a existência de alguns trechos com profundidade inferior ao medido pela régua de Porto Velho.
"Com a evolução da vazante do Rio Madeira, segundo prognósticos do Censipam, haverá um período crítico a navegação de 26 de julho a 1 de agosto, podendo em tese se atingir níveis críticos. Vale ressaltar que, a medida visa garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana e a prevenção da poluição hídrica no Rio Madeira, durante o período de vazante do rio", justificou a Marinha.
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) também emitiu alerta para as organizações do setor de transporte aquaviário da região com base nas medidas adotadas pela Marinha, recomendando a atenção redobrada. Com a restrição, o tempo de viagem que é de aproximadamente oito dias, em condições normais, passará para 15 dias.
O Rio Madeira é um dos principais corredores logísticos do país e integra o Arco Norte. Pela Hidrovia do Madeira ocorre o escoamento da produção agrícola, principalmente soja e milho de Mato Grosso e Rondônia, e insumos como combustíveis e fertilizantes, com destino a Porto Velho e Manaus.
A previsão de estiagem severa preocupa as empresas de transporte fluvial diante do atraso dos serviços de dragagem que não são realizados há dois anos e só devem começar em setembro, conforme divulgou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O risco de acidentes náuticos no período da seca colocou em alerta navegação na região. O baixo nível das águas e a existência de bancos de areia podem provocar colisões de embarcações.
"Se houvesse uma dragagem periódica no Rio Madeira para reduzir o assoreamento e os bancos de areia, as condições de navegabilidade permaneceriam mesmo no período da seca. Temos cobrado a realização da dragagem, que é uma necessidade urgente", enfatizou o presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior.
Fonte: Ascom
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