Terça-feira, 5 de novembro de 2013 - 16h53
MONTEZUMA CRUZ
De Brasília
São 18h40 em Brasília. Numa sessão com participação ativa de deputados acreanos, a bancada rondoniense na Câmara dos Deputados frustrou a expectativa em relação ao encaminhamento da votação da PEC do soldado da borracha (Proposta de Emenda Constitucional nº556/2022).
O discurso da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) favoravelmente à aprovação da matéria só foi contestado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP), para quem, a proposta original, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) é que deveria ser votada.Os deputados Marinha Raupp (PMDB-RO), Moreira Mendes (PSD-RO) e Amir Lando (PMDB-RO) e Nilton Capixaba (PTB-RO) discursaram.
A PEC concedendo aposentadoria especial aos soldados da borracha rejeita o pagamento de R$ 4,5 mil e aprova R$ 1,5 mil.
Ninguém de Rondônia – nem da aguerrida bancada acreana, ambas favoráveis ao acordo – comentou a fala do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP): “Votamos agora, porque não sabemos quem será o próximo governo”. Visivelmente, Chinaglia denotou o perigo de derrota do PT nas eleições de 2014.
O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) foi direto: “Esse acordo é uma indignidade para os brasileiros. Não é possível que esse governo não tenha a mínima sensibilidade com os heróis da guerra”. Dos 60 mil brasileiros que foram para os seringais da Amazônia, metade morreu em consequência de doenças endêmicas, entre as quais a malária, leishmaniose e doenças de Chagas, enquanto nas batalhas morreram 471 dos 25 mil soldados brasileiros.
A votação da matéria é o cumprimento de um acordo firmado no mês de outubro entre o primeiro-secretário da Câmara, deputado Marcio Bittar (PSDB-AC) e o presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN).
“O abono de R$ 25 mil é pouco, mas reconheço o esforço do governo federal no sentido de minorar o sofrimento de pessoas que deram sua vida pelo País”, disse o primeiro-secretário da Câmara, deputado Bittar. “Talvez estejamos lhes dando o melhor e o mais justo, por causa da avançada idade. Hoje são pouco mais de 14 mil seringueiros vivos com direito ao benefício; o mais velho deles no Acre, por exemplo, tem atualmente 86 anos”, explicou o deputado.
Na internet, o Sindicato dos Soldados da Borracha (Sindsbor) entoou o canto de cisne: “Votem não, porque na redação da PEC 556/2002, da senadora Vanessa Graziottin propôs sete salários “e os mínimos direitos aos ex-combatentes, incluindo atendimento pelo Serviço Médico do Exército”, enquanto a proposta da deputada acreana Perpétua Almeida apoiou os R$ 1,5 mil, sujeitando os beneficiados a perdas nos reajustes do INSS”.
Nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, a partir das 9h, começa o 2º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, com mais de 80 seringueiros
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