Banda larga no Amapá ainda demora três meses

JORGE CEZAR
A Gazeta
De Macapá

O novo prazo da Oi para conclusão dos serviços da banda larga no Amapá é para o primeiro trimestre de 2013. A demora foi creditada aos três meses de negociação com o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os indígenas liberaram a passagem das obras por suas terras.

Com o acordo, mais uma etapa para a chegada da banda larga é concluída. Segundo informações da assessoria de comunicação do Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap), representantes da Oi asseguraram que a infraestrutura de posteamento por meio de fibra ótica garantirá boa capacidade na qualidade da conexão para as famílias amapaenses.

As discussões com os índios estavam ocorrendo desde o semestre passado. O plano de execução das ações é dividido em quatro trechos: Macapá/Calçoene, Calçoene/Oiapoque e Guiana Francesa (Saint-Georges) interligando até Fortaleza. A obra depende também da tramitação dos projetos para liberação das licenças à execução dos serviços ao longo da BR-156.

Até o momento, 145 quilômetros de fibra ótica e posteamento já foram colocados na BR-156. Ao todo, serão fixados mais de 43 mil postes ao longo das áreas. Os trechos 1 e 4 das obras já estão 100% concluídas. Atualmente, a empresa trabalha no trecho 2 com o serviço de supressão vegetal e, no início de 2013, começa a executar os serviços no trecho 3. Faltam pouco mais de 30% para a conclusão das obras.

O governo federal chegou a anunciar em março deste ano a chegada da banda larga a preços populares para Macapá e outras capitais da Região Norte. É um trabalho contido no plano da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) chamado “Expansão da Internet Banda Larga”. Em curto prazo se terá a extensão da rede através da empresa Telecom, usando naturalmente o tronco da Telebrás. O investimento previsto para a região é de R$ 66 milhões.

O preço médio da banda larga nacional será de R$ 35. Além de Macapá, serão atendidas as seguintes capitais: Belém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). “Estamos desenvolvendo agora todo um programa onde iremos atender um conjunto de municípios. Isso tudo vai depender da questão orçamentária”, disse o presidente da Telebrás, Caio Bonilha.