Terça-feira, 8 de abril de 2014 - 11h23
LUIZ LEITE DE OLIVEIRA (*)
A Candelária onde está o cemitério mundialmente famoso, da época da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, abriga atualmente um porto clandestino. Ali funciona uma balsa, componente agora comum da paisagem regional, devido à cheia do Rio Madeira.
Na área tombada pelo patrimônio histórico nacional arrancaram trilhos, locomotivas, lotearam e construíram casas dentro do cemitério histórico. A área ficou submersa, em consequência do direcionamento das comportas da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio.
Em 1972, o 5 º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) empurrou para lá oito locomotivas Baldwin, guindastes, tróleis, cegonhas, vagões, entre outras peças e parte dos trilhos da via permanente da ferrovia, que chegaram aqui em 1909.
O que deveria ser protegido por lei, está jogado ao relento, enferrujando-se, perdendo-se. Esse acervo de valor incalculável foi agredido pelo concreto armado que dá acesso ao porto clandestino movido por balsa e serraria que resultaram na extirpação de trilhos e locomotivas.
Paralelamente à destruição do patrimônio público e histórico, loteia-se a área com a abertura de ruas e construção de casas de alvenaria muradas. Parte desse espaço agredido está debaixo d’água, impulsionada pela corrente de banzeiros que vem das turbinas, direcionando-se ao local, a exemplo do que ocorre no Bairro Triângulo, no pátio ferroviário e no Cai N’Água.
São agressões conhecidas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Serviço de Patrimônio da União (SPU), que se mantêm inertes, enquanto propõem de forma enganosa a transferência do pátio ferroviário.
A Associação dos Amigos da Madeira-Mamoré está denunciando esses crimes ao Ministério Público Federal, MPF, esperando que também seja caracterizada a esses órgãos a condição de improbidade no zelo pelos bens públicos do povo rondoniense.
(*) Presidente da Associação dos Amigos da Madeira-Mamoré
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