Quarta-feira, 23 de novembro de 2011 - 07h44
Capacidade do baita: alcance de 3,4 mil km, carga máxima de 4 toneladas e capacidade para transportar 41 soldados equipados e 35 pára-quedistas. Viajei algumas vezes nesse avião em Mato Grosso e Rondônia. Viajo de novo, se for preciso /MONTEZUMA CRUZ |
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Chovia muito na fronteira brasileira com a Bolívia em meados de dezembro de 1982. Com o apoio do Ministério da Aeronáutica, o governo rondoniense solucionava a escassez de gêneros de primeira necessidade e de combustíveis entre os ribeirinhos ao Rio Guaporé.
Costa Marques e Guajará-Mirim estavam isoladas. O governador Jorge Teixeira conseguia aviões Búfalo (C-115) para o transporte de comida e medicamentos. Enquanto isso, a Prefeitura de Guajará recebia autorização para adquirir combustíveis da Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos, pois custavam mais barato.
Do outro lado do Rio Mamoré, em Guayaramerín (Departamento de Beni), havia um enorme depósito da estatal boliviana. Durante todo o período a prefeitura se socorreu lá.
Ônibus, caminhões e pequenos veículos também encontravam dificuldade nas viagens entre Rondônia e o Amazonas. O rigor do “inverno” tornava precária a situação das estradas. Em Rondônia o governo anunciava a manutenção no tráfego da BR-421, que ligava a BR-364 ao município de Guajará, mas eram precárias as condições da BR-319, entre Porto Velho e Manaus (AM).
O asfalto dessa rodovia aberta na floresta amazônica em 1974 estava totalmente destruído, principalmente no trecho Humaitá-Iguapó-Açu, com mais de 300 quilômetros.
Apesar dos esforços isolados de algumas empreiteiras, o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) não conseguia tapar os enormes buracos. Logo viria mais uma interrupção total do tráfego no único acesso rodoviário à capital amazonense.
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