Sexta-feira, 16 de novembro de 2012 - 18h14
BLOG O REPÓRTER NA HISTÓRIA
Jota Alves
De Cuiabá
Em 2008 foram eleitas 504 prefeitas. Nas últimas eleições 663. Os estados que mais elegeram prefeitas: Minas: 71. São Paulo: 67. Bahia: 64. Pará: 49. Maranhão: 41. O que se segue é sobre Mato Grosso, onde me encontro desde as eleições municipais. Dos 141 municípios apenas 19 serão administrados por mulheres. È pouco. Mas, é um avanço animador motivado pela mulher presidente. Porém, o que espera as prefeitas não é nada animador. Muitas delas celebrarão a posse na virada do ano com enxurrada de problemas.
Magali Vilela, de General Carneiro, leste mato-grossense /O REPÓRTER NA HISTÓRIA |
Dos 141 municípios 102 estão de economia exaurida ou moderada. Apenas 41 municípios de MT estarão nadando de braçada como Sorriso e Alto Taquari, por exemplo, onde “chove dinheiro da soja”. E Cuiabá. Pelo colossal volume de recursos por ser um dos Doze Apóstolos da FIFA.
Somando, diminuindo, multiplicando, os problemas dos municípios pobres são idênticos. Como idênticas são as soluções do centralismo monetário imposto pelo sistema e pelo regime “federativo”. Lutou-se contra o centralismo da ditadura militar. Durante a qual levava mais o prefeito alinhado “ideologicamente” contra as esquerdas. No governo Lula/Dilma leva mais o prefeito alinhado “ideologicamente”. E com poder de voto. Lula prometeu acabar com “a pouca vergonha de prefeito pires na mão implorando verba para general de plantão”.
Ele não acabou com isso. Na sua década o centralismo ficou mais forte. O município depende de planejamento estatal tipo PAC, plano de aceleração do crescimento. Ou Plano Arrocho Central. Uma réplica mal ajambrada de Plano Qüinqüenal soviético. Ou do Grande Salto chinês. Dos quais nada se conseguia sem o consentimento do Partido. Ou do “Deus” do momento.
Há mais prefeitos de pires na mão. Na década Lula, além do alinhamento, prefeito tem que saber sentar e relaxar nas ante-salas governamentais, ministeriais, gabinetes de deputados, senadores, escritórios. E nada de pires. Coisa pequena. Tem que levar prato fundo. Muitos querem comer o mingau pelas bordas.
CONFEDERAÇÃO DAS PREFEITAS
Com a digitação a psicóloga “política”, neta de prefeito, Adriana Berger: “não tivesse com minha querida avó Ingrid doente no Paraná adoraria acompanhar a luta das prefeitas de Mato Grosso. Estar com elas na criação de uma “Confederação das Tamoias”.
“Os tupinambás entenderam que precisavam das outras tribos para enfrentar os “donos das coisas” que faziam barbaridades para escravizar os índios. Eles que viviam em liberdade plena. Os “descobridores” tomavam o que lhes pertencia, bloqueavam seus recursos”.
“Os índios viviam de “pires na mão”. E assim foi que goitacazes, aimorés, tupiniquins, guaianazes, e outras tribos, se uniram numa confederação e foram à luta. Nas plagas machistas essas 19 guerreiras eleitas devem se unir. Para problemas similares, soluções similares”.
AVE, MAGALI!
Magali Vilela, de General Carneiro. A primeira guerreira da “confederação” a fazer-se ouvir: “não pagarei dívidas deixadas por Bochudo (o prefeito que está saindo). Será um desastre para o município se ele vender o pouco que temos: três caminhões basculante novos, duas pá-mecânica, três caminhões velhos, três patrol. Tudo vital para cuidar das nossas estradas vicinais”.
O que se comenta é que Bochudo vendendo o maquinário e pagando dívidas por ele contraídas se livraria das punições da Lei de Improbidade Administrativa. E de outros delitos. Comenta-se também que “o melhor mesmo seria Bochudo ficar um tempo numa Bochuda ou Papuda”. Na redação do RH está quatro para Magali e um para Bochudo.
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