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Coordenadora da Kanindé participa do Fórum SIDA na Suécia


 Coordenadora da Kanindé participa do Fórum SIDA na Suécia - Gente de Opinião

Ivanete Cardozo Bandeira, coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé participou nos últimos quatro dias do Forum SIDA, na cidade de Härnösand na Suécia, direcionado a pessoas que coordenam instituições que recebem estagiários suecos do Programa de Formação de Jovens.

Desde junho do ano passado a Kanindé tem recebido a visita de estudantes suecos para trabalhar com a questão indígena como parte integrante do Projeto Amigos da Terra. Primeiro foram  Johana e Patrick, que conheceram em Rondônia ações da Kanindé durante seis meses em 2014.  Este ano, mais três estagiários concluíram os trabalhos.

O fotógrafo Kalle Jansson  que documentou e registrou a fauna e flora de nossa região, com foco na sede da Kanindé, o antropólogo Nils Bucher, que trabalhou diretamente com os povos Indígenas que desenvolvem projetos ou são apoiados pela Kanindé – Juma e os Cinta Larga – e a jornalista Anna Szögren, responsável pelo resgate informacional dos trabalhos que a organização desenvolve em Rondônia.

Ivanete Bandeira, que acaba de desembarcar no Brasil, foi selecionada para ir ao Fórum , a fim de apresentar  esse trabalho feito com estagiários suecos. “Foi uma experiência sensacional. Pude ver de perto como trabalham outras instituições que desenvolvem trabalhos semelhantes aos da Kanindé”, concluiu Ivanete.


 

Coordenadora da Kanindé participa do Fórum SIDA na Suécia - Gente de Opinião

MMA anuncia 66,5 milhões para 44% do território indígena
Amazônia e Associação Kanindé está entre as contempladas

 

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou, na última quarta-feira (22/04), o resultado da chamada pública do Fundo Amazônia, que destinará R$ 66,5 milhões em recursos não reembolsáveis para monitoramento e fiscalização ambiental em terras indígenas no bioma Amazônia, entre outras ações previstas nos Planos de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PGTAs).
 

Nos últimos 13 anos, foram investidos um total de R$ 48 milhões. Agora, com esse edital e outros projetos apoiados pelo Fundo Amazônia entre 2012 e 2015, o montante chega a R$ 200 milhões, o que corresponde a 20% dos recursos do Fundo Amazônia.
 

Os recursos integram a Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI), criada em 2012. Esse é primeiro edital de apoio a PNGATI e o valor envolvido é o mais alto até agora destinado pelo governo federal a projetos em terras indígenas. “Os projetos aprovados estão na rota do combate ao desmatamento e às queimadas”, reiterou a ministra, citando o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).

Reveja entrevista do lider Almir Suruí concedida
ao jornalista Sérgio Mello, na TV Candelária/Record

TERRAS PROTEGIDAS
 

As oito propostas selecionadas abrangem 40 terras indígenas, cobrem cerca de 44% do território indígena da Amazônia e vão envolver 73 povos, distribuídos em 905 aldeias. A expectativa é beneficiar 96.221 indígenas. Juntos, os proponentes têm um papel fundamental na conservação ambiental e no combate ao desmatamento. No bioma Amazônia, existem 324 terras indígenas.
 

“Somos orgulhosos de fazer parte desse projeto com participação direta dos povos indígenas. Suas terras são cruciais para a sustentabilidade”, comemorou a embaixadora da Noruega, Aud Marit Wiig, que destacou a parceria de 32 anos com o governo brasileiro. A Noruega é o maior financiador do Fundo Amazônia, com aporte da ordem de 1 bilhão de dólares. Izabella Teixeira anunciou que “uma segunda fase de cooperação começará a ser discutida em breve com o Ministério do Meio Ambiente (MMA)”.


 

ÍNDIOS PROTAGONISTAS
 

O investimento fomentará atividades produtivas sustentáveis, recuperação ambiental de áreas degradadas e implantação de experiências de gestão de resíduos sólidos, além de produção de energia solar em terras indígenas. O representante da Coordenação das Nações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Toya Manchineri, exaltou “a importância da iniciativa para o controle das mudanças climáticas.”
 

Das oito propostas, uma é gerida diretamente pelos índios: a da Associação Floresta Protegida, dos índios Kayapó e Las Casas, do estado do Pará, que receberá R$ 6,9 milhões. As demais são de organizações indigenistas: Kanindé, Instituto Socioambiental, Iepé, Poloprobio, Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Operação Amazônia Nativa (Opan) e Comissão Pró-Índio do Acre (CPI Acre).
 

ASHANINKA
 

Coordenadora da Kanindé participa do Fórum SIDA na Suécia - Gente de OpiniãoNa ocasião, também foi assinado o financiamento de R$ 6,5 milhões ao povo Ashaninka, situado na fronteira do Acre com o Peru, representado por Francisco Pianko. Esse foi o primeiro financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedido diretamente a povos indígenas. “Apresentar um projeto foi um processo novo para nós. É um momento em que os povos indígenas podem dar as suas contribuições para manter a floresta, as tradições e desenvolver de forma sustentável”, apontou Pianko. Clique AQUI e conheça os povos Ashaninka.


 

QUEBRA DE PARADIGMA
 

O presidente da Funai, Flávio de Azevedo, destacou que as terras indígenas são os espaços mais preservados da Amazônia. “Esses projetos representam uma quebra de paradigma sobre a postura tutelar da sociedade brasileira em relação aos indígenas”, afirmou.
 

Também participaram da cerimônia o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira; o diretor de infraestrutura social, meio ambiente, agropecuária e inclusão social do BNDES, Henrique Paim; e os secretários de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral; e de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Klink.

SELEÇÃO
 

Oito propostas foram contempladas pelo edital do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, entre as 20 enviadas. Destas, 13 passaram na etapa de habilitação documental e avaliação cadastral, fase preliminar feita pelo BNDES. Os projetos habilitados foram encaminhados à Comissão de Avaliação, composta pelo MMA, Funai, Coiab e BNDES.

POLÍTICA PÚBLICA
 

A PNGATI conta com umComitê Gestor (órgão de governança) que, além de coordenar a execução dessa política pública, é responsável pelo acompanhamento e monitoramento de ações. Instalado em 30 outubro de 2013, o Comitê Gestor é constituído por oito representantes do movimento indígena brasileiro e oito representantes de órgãos do Governo Federal.
 

Para ver detalhes dos projetos acesse: http://simat.mma.gov.br/acomweb/Media/Documentos/26752871-555b-4cc1-a.pdf
 

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Fonte: Comunica Kanindé

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