Sexta-feira, 7 de agosto de 2015 - 19h49
EPAMINONDAS HENK
Em Corumbiara
Massacre, chacina. batalha. Seja qual for a designação, Corumbiara não esquece aquele 9 de agosto de 1995 na antiga Fazenda Santa Elina. Ali, cerca de seiscentas famílias camponesas sem terra montaram acampamento para conseguir o direito de plantar e trabalhar, mas esbarraram no latifundiário Antenor Duarte, que se valeu do apoio de outros fazendeiros, contratou e armou pistoleiros, e ordenou o ataque contra os trabalhadores.
Neste domingo são esperadas em Corumbiara lideranças do campo e operárias de diversas regiões do País, para se unir aos sobreviventes do massacre em ato público que lembrará os 20 anos do massacre. O Comitê das Vítimas de Santa Elina e a Liga dos Camponeses Pobres organizam o ato.
“A população nunca esteve tão endividada. Nunca foi tão grande a repressão contra a juventude e os trabalhadores em luta, contra a população pobre das favelas e bairros pobres, contra camponeses, lideranças e movimentos combativos que lutam pela terra. Seguem os despejos violentos, calúnias, prisões, torturas, desaparecimentos. O número de assassinatos no campo tem aumentado ano após ano”, analisa o jornal Resistência Camponesa.
“Mesmo com tudo isto, as 800 famílias nunca deixaram de trabalhar. Criaram associações, aumentaram a produção, mesmo sem apoio técnico e financeiro. Os comerciantes de Corumbiara, Chupinguaia e Cerejeiras sempre agradecem aos camponeses, pois a retomada da fazenda Santa Elina ajuda a desenvolver a economia destas cidades”, descreve o jornal.
Acrescenta que elas “nunca deixaram de lutar”. “Manifestaram-se nas ruas, ocuparam prédios públicos, fecharam a BR-364, assim conquistando energia elétrica, reforma de estradas e pontes, construção de escola e posto de saúde na área ocupada. Mas o mais importante, os camponeses estão retomando e aumentando sua união e organização”, assinala a publicação.
Em agosto de 1995,o então candidato a presidente da República Luiz Inácio lula da Silva visitou o que restou do acampamento e prometeu: “Se um dia for presidente do Brasil, corto a fazenda Santa Elina para as famílias, puno os responsáveis pelo massacre e indenizo as vítimas.” Nada disso aconteceu.
Depoimentos de camponeses que conquistaram terra nas áreas Renato Nathan,
Maranatã (antiga Fazenda Santa Elina).
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