Terça-feira, 17 de janeiro de 2012 - 18h03
Museu amazonense avalia o potencial de espécies arbóreas nativas da região amazônica para o paisagismo em áreas urbanas, recuperação de áreas degradadas e como fonte de renda para produtores rurais / DIVULGAÇÃO |
ASSESSORIA DO MUSA
De Manaus
Mudas de andiroba, louro-pirarucu, acariquara e de diversas outras espécies de interesse comercial começam a brotar no lote do Musa, no Puraquequara. Valiosas pela madeira, pelo perfume ou pela beleza, elas têm também potencial para arborização urbana e reflorestamento.
No entanto, para que ganhem as ruas das cidades, essas espécies precisam sair dos viveiros já crescidas, uma vez que o tamanho influencia diretamente a sobrevivência no meio urbano. É justamente este processo de crescimento mais prolongado em viveiro que está em estudo no lote do Musa.
O projeto é coordenado pela bióloga Rita Mesquita, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e diretora adjunta do museu, e tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Musa.
“Queremos avaliar o potencial de espécies arbóreas nativas da região amazônica para o paisagismo em áreas urbanas, recuperação de áreas degradadas e como fonte de renda para produtores rurais”, explica. Segundo ela, o museu busca escolher espécies com características que atendam às exigências para conviver com o meio urbano, levando em consideração o porte, o tamanho dos frutos e a forma das raízes, a perda de folhas, e a produção de floradas bonitas, que possam embelezar a cidade.
Começou em 2011
As primeiras plantas chegaram ao Puraquequara em abril de 2011, provenientes de pequenos brotos e sementes coletados no chão da floresta do Jardim Botânico de Manaus ou no próprio terreno do Musa. Hoje já são três mil mudas crescendo no viveiro.
"Algumas espécies, como o cedrinho, se adaptaram bem e já contam com indivíduos com 70 cm de altura. Outras não vingaram e morreram", diz Tiago Caja, técnico agrícola do museu e atual responsável pelo cuidado das mudas.
A cada mês Tiago pacientemente monitora a sobrevivência de cada muda, contabiliza as mortes e avalia a coloração das folhas. Em seu caderno de campo toma nota de tudo o que possa ajudar a entender o comportamento das espécies quando manejadas em viveiros. "De modo geral, as plantas estão crescendo bem", avalia.
Os planos para o futuro incluem a realização de cursos sobre técnicas de manejo, de modo que comunitários e outros interessados possam cultivar as espécies estudadas, e o registro do viveiro para possibilitar a comercialização das mudas. "A proposta é transformar a pesquisa em algo concreto, levar as plantas do viveiro para as ruas", finaliza Rita.
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