Domingo, 24 de junho de 2018 - 20h02
Sabedoria é respeitar o Homem e seu meio, vivenciando e interagindo com ele, está dentre alguns valores que motivam, há 30 anos, a existência da Ecoporé
A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) “Ação Ecológica Guaporé” (Ecoporé), criada junho de 1988, completa 30 anos de atuação no estado de Rondônia, nesta segunda-feira (25).
Ao longo dos anos, a Ecoporé desenvolveu inúmeros projetos voltados à conservação ambiental e sustentabilidade em parceria com instituições governamentais e não governamentais, além das comunidades tradicionais. Dentre as ações executadas estão: levantamentos socioeconômico e ambiental, apoio a organização comunitária, projetos de pesquisa e socioambientais, ações de Educação Ambiental em escolas e comunidades e campanhas educativas e informativas em Rondônia.
Atualmente, a instituição ocupa 21 espaços de discussão e controle social em âmbitos federais, estaduais e municipais.
“Estes 30 anos significam muito para nós, a Ecoporé, além de sobreviver a inúmeras dificuldades, ainda conseguiu formar novos quadros técnicos/políticos. Hoje, a organização é gerida, principalmente, por seus fundadores, mas também com a missão de formar novos integrantes e assim continuar e ampliar a atuação frente aos enormes desafios socioambientais existentes e que ainda estão por vir em nosso Estado”, disse Marcelo Ferronato, presidente da instituição desde 2013.
História e Ações
A Ecoporé foi criada com objetivo inicial de dar legitimidade a um grupo de pessoas que questionavam e denunciavam a exploração ilegal da Floresta Amazônica, especialmente na região da zona da mata rondoniense, onde o desmatamento de matas ciliares e reservas legais avançavam de forma acelerada. Na época, estas áreas eram utilizadas para expansão da agropecuária e a exploração de madeiras de forma ilegal e sem manejo florestal.
Logo, a organização passou a se articular com outros movimentos sociais, que se expandiam em Rondônia, especialmente assessorando seringueiros da região do Vale do Guaporé, que lutavam pela demarcação das reservas extrativistas, onde já residiam há décadas.
No decorrer da década de 1990 e início dos anos 2000, a Ecoporé, desenvolveu uma série de projetos junto às comunidades extrativistas. Este trabalho resultou não apenas na demarcação de uma série de unidades de conservação, mas também no empoderamento social destas comunidades, com o apoio e capacitação para gestão de associações comunitárias.
Além disso, também contribuiu para o desenvolvimento de projetos voltados ao fortalecimento econômico, como manejo florestal comunitário, tecido vegetal, ecoturismo, manejo de pesca, sendo todos de base comunitária e tendo como premissa o envolvimento coletivo.
A partir de meados dos anos 2000, a Ecoporé passou a realizar ações voltadas a recuperação de áreas degradadas, principalmente na região de Rolim de Moura e municípios adjacentes. Estas ações têm contribuído para revegetação de áreas desmatadas irregularmente e regularização ambiental de propriedades rurais, especialmente as da agricultura familiar.
Dentre objetivos sociais da Ecoporé estão o envolvimento e participação nos processos de elaboração de políticas públicas. Exemplo disso, é a recente proposição da Política Estadual de Governança Climática e Serviços Ambientais e os subsídios para o Programa de Regularização Ambiental do estado de Rondônia.
Nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, a partir das 9h, começa o 2º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, com mais de 80 seringueiros
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