Segunda-feira, 15 de março de 2010 - 20h04
Recursos naturais da floresta Amazônica utilizados com eficácia na alimentação e como milagrosos remédios estão conquistando espaço nobre num novo cenário: em vitrines de lojas de Porto Velho.
Cipós cururu, ambé, titica, casca de capurana, sementes de pau Brasil, de seringa barriguda, tento, taquari, palmeira taboquinha, talos de açaí, abacaba, além de fibras de babaçu e tucumã feijão nativo tenturana e até escama de pirarucu, peixe típico da Amazônia estão sendo utilizados como matéria-prima de embalagens ecologicamente corretas, na qual papeis craft colorido e natural se destacam na cadeia produtiva.
Os artigos produzidos por populações ribeirinhas do Rio Verde estão sendo adquiridos por empresários locais graças ao trabalho das Associações Amo Jamari e Amar Rio Verde, as quais estão recebendo o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado (Sedam).
Primeira empresária a adquirir a embalagem ecologicamente correta para comercializar em sua loja, a empresária Mônica Mascetti Borges, que atua no mercado da capital rondoniense, está entusiasmada com a aceitação do material reciclado por parte da sua clientela.
“É interessante porque temos um produto de alto nível, que está gerando emprego e renda com foco na preservação do Meio Ambiente, uma importante bandeira levantada hoje no mundo”, observa a empreendedora, que já foi responsável pela embalagem de presentes ofertados a várias autoridades, entre as quais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita a Rondônia no ano passado e ao príncipe Charles, o qual esteve em Manaus também em 2009.
A produção das populações tradicionais da floresta está sendo comprada para revenda no mercado portovelhense graças a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado (Sedam) que divulga os produtos para o empresariado local. O apoio do Governo do Estado é fundamental, na ótica do presidente da Associação Amo Jamari, José Antônio. "É uma parceria que nos motiva", resume ele.
A divulgação em uma das lojas foi feita pela técnica da Educação Ambiental da pasta, a pedagoga Izabel Cristina, que é gerente de projetos socioambientais e coordena o Projeto Arte e Cultura na comunidade. “A proposta é despertar na comunidade o interesse pela consciência ecológica, valorizando o potencial da floresta”, destaca Izabel idealizadora do pufe ecológico da Amazônia. No ano passado, essa peça de mobiliário confeccionada com pneu usado, destacou-se internacionalmente como uma das ideias mais louváveis na luta pela preservação ambiental.
Fonte: João Albuquerque
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