Segunda-feira, 5 de julho de 2010 - 15h44
Guajará-Mirim, às vésperas de ganhar a ponte internacional Brasil-Bolívia, desperta a cobiça de investidores em grandes negócios /M.CRUZ |
XICO NERY
Amazônias
GUAJARÁ-MIRIM e PORTO VELHO — Não está afastada a hipótese de que tenha sido planejado por traficantes o atentado que resultou, sábado às 20h, em ferimentos do tenente-coronel Flávio Derzete da Mota, ex-comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar em Guajará-Mirim. Quando recuperado, ele será ouvido em inquérito.
Autores do crime seriam pessoas denunciadas por narcotráfico, as quais ele mandou prender enquanto comandou a corporação. Pelo menos foi o que este site apurou com experientes policiais sediados na Aduana da 11ª Inspetoria da Receita Federal em Guajará-Mirim, a 362 quilômetros da capital, na fronteira brasileira com a Bolívia.
No entanto, existe também uma versão segundo a qual Derzete pode ter sido vitima de algum grupo empresarial de outro estado, supostamente insatisfeito com o fato de ele ingressar no ramo de revenda de combustíveis. De acordo com ex-funcionários do Posto de Combustivel Mamoré, Derzete, atualmente licenciado, firmara parceria com empresários locais para tocar o negócio.
Negócios e ambição
Tenente-coronel Flávio Derzete deverá depor para apontar possíveis suspeitos da tentativa de homicídio /GUAJARÁ NOTÍCIAS |
Desde que o militar deixou o comando do 6º BPM, há quase sete meses, por razões ainda não esclarecidas, Guajará-Mirim experimenta um avanço na revitalização física do setor. Para os padrões modernos, a cidade apresenta um grande número de postos de gasolina e de casas de material de construção.
Ao longo da Avenida XV de Novembro funcionam três postos de revenda de combustíveis, com vasta clientela. Apenas um posto concorre com eles, nos limites dos bairros Santa Luzia e Santo Antônio.
O mercado de combustíveis na fronteira cresce a cada dia, se também for considerado o aumento do número de supermercados e lojas de departamentos por toda a cidade. As perspectivas são animadoras. Os bairros Santo Antônio, Santa Luzia, Pantanal (Invasão) e Triângulo, por onde o franco atirador deve ter fugido, são usados como válvulas de escape de delinqüentes. Eles utilizam igarapés e furos que dão acesso ao outro lado da fronteira, por vias terrestre, fluviais ou até mesmo aéreas.
Conforme policiais ouvidos pelo site, o bom movimento se deve ao projeto do Departamento Nacional de Infra-Estrutura do Transporte para a construção da ponte sobre o rio Mamoré, ligando a cidade à sua homônima Guayaramerín, no Departamento do Beni, Bolívia.
Caçada
As primeiras investigações feitas pelos delegados José Marco Farias e Renato César Morari não chegaram ao autor dos disparos contra o militar. Guarnições da PM, a P-2 (Serviço Secreto da corporação) e as equipes do Núcleo de Inteligência da Delegacia de Polícia Civil fecharam as saídas da cidade, as ligações com as BRs- 425 e 364 por vias fluviais e terrestres e percorrem possíveis rotas de fuga para Porto Velho ou províncias bolivianas.
Derzete foi surpreendido por diversos disparos feitos por um franco atirador, a poucos metros do portão de entrada da Olaria Paulo Zeed, na noite de sábado. Apenas um projétil o atingiu à altura do ombro direito, o que lhe possibilitou revidar os tiros em direção do desconhecido.
O autor dos disparos desapareceu em meio ao matagal e montes de barro, nos fundos e nas laterais da empresa, que pertence ao genro de Derzete. O militar chegou a ser socorrido pela mulher, foi levado para um dos hospitais de Guajará e, em seguida, encaminhado a Porto Velho, onde se submeteu a cirurgia para extração da bala. Ele passa bem e não corre risco de morte.
Atentado contra o militar foi no sábado: autor dos disparos pode ter atravessado o rio Mamoré, onde há grande movimento de cargueiros |
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