Quinta-feira, 22 de março de 2018 - 05h06
A preservação da floresta está sendo feita por pessoas que vivem na pobreza em contraponto com o discurso internacional, que promete apoio à Amazônia. Com esta afirmativa o governador Confúcio Moura abriu, nesta quarta-feira (21), o Fórum Amazônia, em Porto Velho. Ele acrescentou que, internamente, “o Brasil engana o Brasil” quando recursos da Sudam, por exemplo, são devolvidos sem a aplicação a que se destinam na região.
O Fórum Amazônia foi realizado pela primeira vez na região Norte. Durante o evento, consultores e autoridades apresentaram observações e perspectivas de oportunidades no agronegócio e a exploração sustentável da floresta.
Confúcio fez críticas à forma como a Amazônia é divulgada para que os brasileiros a conheçam melhor. Ele apontou como exemplo as passagens aéreas, que são inviáveis diante dos preços para quem viaja para o exterior.
“Os estados amazônicos têm mais belezas para mostrar”, afirmou o governador, destacando que dentro do Brasil o desconhecimento é tanto que é comum haver confusão entre estados distintos como Rondônia e Roraima.
O caminho para que a região amazônica conquiste o valor merecido, conforme o governador, está nas soluções locais. A união das bancadas estaduais têm papel fundamental neste processo, mas, segundo ele, ainda não estão comprometidas com a causa.
A formulação de um novo modelo jurídico para facilitar o relacionamento com o governo federal e a comunidade internacional é outro ponto defendido por Confúcio. O governador afirmou que está em andamento com a criação de um consórcio de governadores da região.
“Por enquanto, as reuniões são como um muro de lamentações”, acrescentou referindo-se aos encontros regulares entre governadores do estados amazônicos.
A participação do governador incluiu críticas o que define como demagogia no discurso internacional, que faz com que outros países imponham regras para a manutenção da floresta em pé, embora não ofereçam contrapartida pelos benefícios recebidos por este serviço.
O prefeito Arthur Virgílio Neto foi solidário com o governador de Rondônia e admitiu que falta entrosamento entre os gestores amazônicos na busca por mais respeito para a região. Também concordou que o Brasil é alienado em relação à Amazônia, que desperta mais interesse internamente.
GRANDEZA
Em comum com o governador rondoniense, Arthur Virgílio também compartilhou a ideia de que o turismo é essencial para tornar a região mais visível aos olhos dos brasileiros e do mundo.
A grandeza da região, na avaliação de Confúcio Moura, pode ser constatada pelos seus 20 milhões de habitantes e na área que abrange dois terços do território nacional.
A tecnologia, que chega através das mídias sociais com seus algoritmos, transformando pessoas em dados, deve ser posta a serviço do desenvolvimento sustentável, indicando caminhos que valorizem a vida e, simultaneamente, promovam o progresso.
Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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