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Hospital Santa Marcelina, parceiro do Governo de Rondônia, comemora 40 anos


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Na arteterapia, repleta de pinturas coloridas, pacientes conversam e manifestam gratidão pela autoestima recuperada

A presença das Irmãs Marcelinas em Rondônia completa 40 anos com avanços na área hospitalar. A parceria com o governo estadual também se consolida, informou hoje a diretora da instituição, Lina Maria Ambiel.

O coral formado por funcionários e pacientes apresentou-se no dia 11 e hoje (17) três padres concelebrarão missa de ação de graças pelo aniversário.

Fundada há 60 anos, a antiga Colônia Jayme Aben Athar [que cuidava de pessoas portadoras de haneníase] transformou-se no Hospital Santa Marcelina, movimentando um complexo hospitalar de médio porte com 100 leitos, seis salas cirúrgicas, ambulatórios, centro auditivo, centro oftalmológico e ortopédico.

No setor ortopédico são fabricadas órteses, próteses, calçados especiais e meios auxiliares de locomoção tanto para a população de Rondônia como para parte dos estados vizinhos. Mutilados do trânsito são os principais beneficiados.  O hospital é também referência em saúde auditiva e saúde visual; 92% dos 700 atendimentos diários são feitos pelo Sistema Único de Saúde.

A parceria do governo de Rondônia com o Hospital Santa Marcelina permite a execução de estratégias para a melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde da população, com ações assistenciais através de contratos e convênios de prestação de serviços hospitalar e ambulatorial, que incluem leitos de internação ortopédica e clínica, como retaguarda exclusiva para atender o Pronto-Socorro João Paulo II; oficina ortopédica e do centro especializado em reabilitação física e auditiva.

Com objetivo de melhorar a assistência no atendimento e aumento da oferta dos procedimentos da pessoa com deficiência é mantida a prestação de serviço de concessão de meio de locomoção, como cadeiras de rodas, andadores, muletas, cadeiras de banho e bengalas; e ainda, cirurgias eletivas para atender a demanda reprimida de procedimentos de catarata, histerectomia e colecistectomia.

LEITOS DE RETAGUARDA

O hospital situado numa reserva florestal de 300 hectares no Km 17 da rodovia BR-364 oferece permanentemente 70 leitos de retaguarda para pacientes de emergência encaminhados pelo Hospital Pronto Socorro João Paulo II, de Porto Velho. Em alguns fins de semana, esse hospital interna entre 40 e 60 pacientes acidentados no trânsito da Capital, principalmente com motos.

A oficina ortopédica alcançou a marca anual de 9 mil atendimentos, fornecendo calçados, palmilhas, muletas, andador, órtese, prótese, cadeiras de roda, cadeiras higiênicas, todos essenciais à locomoção dos pacientes. No cômputo geral, o hospital soma 200 mil atendimentos/ano.

“Dessa atividade participam pacientes alojados, e eles aproveitam prazeirosamente o tempo”, comenta a irmã Lina.

A oficina também enche embalagens plásticas com areia, cobrindo-as com retalhos de napa e tecidos coloridos lavados, aplicando-lhes lindas flores. “Deles surgem esses seguradores de portas”, diz a religiosa. “No momento, eles completam lembranças natalinas para demonstrar gratidão aos 305 funcionários do hospital”, ela informa.

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Irmã Lina Ambiel mostra o trabalho de Dalvan

AUTOESTIMA

A terapeuta ocupacional Areta Pessoa, a psicóloga Luana Schokness e voluntários falam e ouvem depoimentos sublimes de pacientes hansenianos, acidentados, diabéticos, e de outras situações de saúde.

Jerdson Brito, 18, parou de estudar o Ensino Médio em Acrelândia (AC), ao sofrer acidente de moto, e dali veio internar-se no hospital, onde faz reabilitação.

Os olhares de Jerdson e dos demais reunidos na sala alternam ternura, alegria, gratidão. “Em que pesem os problemas, autoestima pode levá-los a se sentirem pessoas normais”, diz Areta.

É assim, todas as manhãs, durante o período em que se dedicam à decupagem com material doado. O ritmo de trabalho artesanal, especialmente a pintura, afastam a depressão.

Dalvan da Silva Mendes, 16 anos, acidentou-se com moto em Alto Paraíso (a 200 quilômetros de Porto Velho) e teve uma das pernas amputadas. Há três meses ele passa por reabilitação e treinamento, recebendo os bons fluídos da arteterapia.

Tampinhas plásticas de garrafas se transformam em palhacinhos vendidos a R$ 10 a unidade em bazares. Nele também são usados pedaços de recipientes de amaciantes de roupas, iogurte. O material lavável é arrecadado em escolas.

PORTAS ABERTAS PARA O VOLUNTARIADO

Você pode participar – eis o convite da direção do hospital. Um grupo de 150 pessoas auxilia atualmente as atividades do hospital que desde a sua construção depende desse apoio da população rondoniense.

No trajeto entre a BR-364, o hospital, a escola e a sede administrativa é comum o trânsito de pessoas que buscam algo a fazer ali. Os bazares e as feiras são os mais concorridos eventos, mas é mesmo na saúde que as pessoas se doam de verdade.

A população de Rondônia é tão privilegiada quanto a da Capital paulista, onde o Hospital Santa Marcelina é o maior complexo de serviço de saúde da Zona Leste de São Paulo. Filantrópico, mantém 87% de seu atendimento dedicado ao SUS e faz  diariamente mais de 11 mil procedimentos.
“Nossa preocupação e objetivo é também oferecer apoio espiritual aos pacientes, o que consideramos importante e imprescindível para o equilíbrio psíquico das pessoas; a Pastoral da Saúde trabalha em duas capelas assistidas por padres”, comenta a irmã Lina.

SEJA UM VOLUNTÁRIO

Hospital Santa Marcelina
BR 364, Km 17, Porto Velho
Telefone: ( 69) 3278-2252


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

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