Segunda-feira, 8 de outubro de 2018 - 18h33
EFE - Um estudo elaborado pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e publicado na revista acadêmica "Philosophical Transactions of the Royal Society B" mostrou que os incêndios registrados na floresta Amazônica entre 2015 e 2016, causados pelo fenômeno El Niño, emitiram quatro vezes mais dióxido de carbono (CO2) do que o previsto inicialmente em comparação com uma base de dados sobre emissões em nível mundial.
O fenômeno do El Niño, relacionado com o aquecimento do Oceano Pacífico, provocou efeitos devastadores em diferentes locais do mundo entre 2015 e nos primeiros meses de 2016. De acordo com o principal autor do estudo, o professor Kieran Withey, "os incêndios descontrolados nas florestas tropicais úmidas durante secas extremas são uma fonte importante e pouca quantificada de emissões de CO2".
No total, foram analisados 6,6 milhões de hectares, o equivalente a menos de 0,2% da Amazônia brasileira. No entanto, segundo os pesquisadores, os focos registrados nessa região emitiram mais de 30 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, um índice que é de três a quatro vezes maior que o estimado segundo a base de dados.
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