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Instituto Mamirauá oferece curso de manejo de pirarucu na Amazônia


Instituto Mamirauá oferece curso de manejo de pirarucu na Amazônia - Gente de Opinião
Curso está na nona edição e capacita profissionais para a implementação de sistemas de manejo de pirarucu. Interessados podem se inscrever até 15 de março
 
O Instituto Mamirauá lançou nesta segunda-feira (11/02) o edital de seleção para o curso “Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros com foco no Manejo Participativo de Pirarucu (Arapaima gigas) em ambientes de várzea”, edição 2019. O curso acontecerá no próximo mês de abril, dos dias 16 a 26, na sede do instituto em Tefé, no Amazonas, e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, unidade de conservação pioneira na prática do manejo de pirarucu no Brasil. Acesse o edital aqui.
 
 
O curso oferece 25 vagas aos interessados. De acordo com os organizadores, o treinamento é recomendado a pessoas que trabalham “direta ou indiretamente na implementação de sistemas de manejo de pesca, em áreas protegidas da Amazônia”. Dentro dessa categoria, incluem-se agentes ambientais, participantes de organizações de incentivo ao manejo ou à produção rural na Amazônia e gestores de unidades de conservação.
 
Manejo de pirarucu: geração de renda e conservação na Amazônia
 
O pirarucu é uma das espécies de peixe de água doce mais valorizadas economicamente e conhecidas no planeta. Natural dos rios e lagos da Amazônia, o pirarucu sofreu uma intensa pressão de pesca nas últimas décadas. A metodologia de manejo da espécie em ambientes alagáveis, conhecidos regionalmente como várzeas, foi desenvolvido pelo Instituto Mamirauá há mais de 20 anos. O objetivo do manejo é garantir a sustentabilidade da pesca, conservando o equilíbrio nos ecossistemas em que o pirarucu vive e, ao mesmo tempo, gerando renda para as populações locais.
 
Com duas décadas de história, o manejo de pirarucu expande suas fronteiras além do estado do Amazonas e um dos canais para isso são os cursos de multiplicadores. Essa é a nona edição do curso, que costuma receber técnicos de diversas partes da região do Norte do Brasil e também de outros países da Pan-Amazônia.

“O curso envolve questões teóricas sobre os princípios do manejo e o perfil organizacional dos coletivos de manejo, que podem ser visualizados nas abordagens práticas. Entretanto, seu ponto de partida são experiências trazidas pelos participantes, pois conhecendo os desafios enfrentados em cada localidade ou região, é possível opinar sobre os processos e orientá-los em sua abordagem técnica”, afirma Ana Cláudia Torres, coordenadora do Programa de Manejo de Pirarucu do Instituto Mamirauá.

A capacitação
 
A programação do curso inclui estudos das bases antropológicas e sociológicas sobre o modo de vida das populações rurais da Amazônia; fundamentos da biologia e ecologia do pirarucu e a importância da várzea para a produtividade pesqueira; princípios e diretrizes do zoneamento para o manejo; e o desenvolvimento do método de contagem do pirarucu.

Os instrutores e palestrantes da capacitação são profissionais atuantes na área de manejo dos recursos naturais com ampla experiência na gestão do manejo participativo do pirarucu na várzea amazônica.

Para se inscrever
 
Quem quiser participar do curso tem até o dia 15 de março de 2019 para entrar na seleção de vagas. Os candidatos interessados deverão realizar sua inscrição apenas por meio eletrônico, devendo enviar a documentação necessária para o e-mail   pesca@mamiraua.org.br. Confira o edital e veja os requisitos.

O resultado será divulgado no próximo dia 18 de março. A organização cobrirá os seguintes custos de cada participante selecionado: materiais didáticos, alojamento e alimentação nos dias do curso e translado até o local do curso, dentro da cidade de Tefé e na reserva Mamirauá.
O Instituto Mamirauá é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O curso “Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros com foco no Manejo Participativo de Pirarucu (Arapaima gigas) em ambientes de várzea” conta com apoio da Fundação Gordon and Betty Moore.

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