Sábado, 24 de março de 2018 - 05h50
A deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) apontou a mineração e o agronegócio como os setores que mais causam poluição de rios e mananciais no país e defendeu um novo modelo de uso da água, para que sejam evitadas novas catástrofes ambientais como as que ocorreram em Mariana (MG), em 2015, e em Barcarena (PA), neste ano.
Em discurso na tribuna da Câmara na quarta-feira (21), a parlamentar afirmou que o custo do uso comercial dos recursos hídricos no país é “insignificante”, representa elevado lucro das empresas desses setores e “danosas consequências à sociedade”.
“O artigo sétimo dos direitos da água afirma que ela não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. Mas seu uso comercial é o maior causador da sua poluição, como por resíduos de mineração e agrotóxicos. Este modelo precisa ser modificado”, defendeu. “Vamos cobrar providências para punir e sanear crimes ambientais”, afirmou.
A parlamentar citou dados da Comissão Pastoral da Terra que apontam para os conflitos por água no país: 51,7%, ou seja, metade do total, são causados pela mineração. Os ribeirinhos são os mais afetados: 64 conflitos, seguidos por pescadores (31), pequenos proprietários de terra (16) e indígenas (15).
Janete também destacou o problema da seca que atinge mais de 48 milhões de brasileiros, apesar de o país possuir 13% de toda a água doce do planeta, lembrou que 34 milhões de pessoas não têm acesso à rede de abastecimento de água potável.
“O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade para seu uso por conta da distribuição desigual, mas não pode ser tratada como mercadoria pela qual empresas privadas somam lucros estrondosos enquanto milhões passam sede”, criticou.
Fonte: Ascom/PSB Nacional
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