Domingo, 4 de setembro de 2011 - 23h28
ROSINALDO MACHADO
No século passado havia uma poderosa tribo que habitava toda a região dos Vales Mamoré e Guaporé. Seu principal cacique era um enorme índio chamado Iriwi. Destacava-se pela sua ousadia e coragem. Não tinha medo de nada. O pior inimigo de seu povo era a temida onça pintada e ele normalmente tomava a frente de seus guerreiros e sem piedade abatia o temido felino.
Poderoso, ele sempre escolhia para esposa as mais belas cunhãs das aldeias e segundo contam, quando não queria mais a companheira, levava-a para a floresta e num ritual macabro, assassinava a inditosa. Em seguida, comia os miolos dela. Nunca se provou a veracidade dos fatos. A única certeza é que toda vez que ele adentrava na selva com uma delas todos tinham certeza que ela não voltaria mais. A desculpa dele é que ela tinha voltado à tribo de origem.
O tempo foi passando e o cacique começou a envelhecer. Aos poucos foi perdendo seu vigor sexual para alegria das índias mais jovens. Já não tinha mais forças para encarar as onças, nem agilidade e pontaria certeira para abater animais ágeis, entre eles o veado o mato e porcos selvagens. Desesperado com a sua decadência física e sexual procurou o velho pajé da aldeia; deixando de lado o orgulho, contou todo o seu problema. O curandeiro com muito medo de não conseguir resolver o problema do poderoso cacique, passou a noite toda tentando encontrar uma saída para a encrenca que se meteu. Foi quando, ao amanhecer, sonhou que na floresta, em certo local existia uma planta milagrosa que iria resolver o problema do cacique Iriwi.
Não perdeu tempo, foi até a oca principal e relatou o sonho e disse aonde poderia encontrar o elixir milagroso. Imediatamente os dois foram para a selva à procura da planta milagrosa. Depois de muitas buscas, finalmente encontraram o ainda desconhecido cipó. Não perderam tempo, voltaram para a aldeia e ao entardecer o pajé fez o elixir e mandou o cacique ingerir. Com medo de não dar certo, ele correu para sua oca, pegou sua pequena bagagem e sumiu mata adentro.
Passados alguns instantes, toda a aldeia ficou apavorada, pois começaram a ouvir gritos de socorro vindos do interior da taba central. Eram as mulheres do cacique, implorando que ele parasse de ter relações sexuais com elas, pois estavam esgotadas de tanto esforços. Saíram correndo para o terreiro e o cacique apareceu, com o mastro levantado, querendo mais e gritando Japhekhangah! Japhekhangah!
A tradução não pode ser revelada, pois se refere a um baita palavrão. Quanto à receita do preparado, também não posso revelar. No entanto, garanto que funciona, e muito.
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