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Mandarová está de volta às lavouras de mandioca no Acre


 

Mandarová está de volta às lavouras de mandioca no Acre - Gente de Opinião
Mais de sete lagartas por planta é o indicativo para o uso da adubação com o baculovirus, de grande eficácia /AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE

 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE

RIO BRANCO, Acre – O Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf) verificou a presença de muitas mariposas do mandarová nos plantios de mandioca, o que indica que deverá acontecer um grande ataque da praga nos próximos dias. No ano passado, o Idaf fez intensa campanha de prevenção ao mandarová, distribuiu 27 armadilhas luminosas nas comunidades, principalmente nas que têm histórico da presença do inseto, e incentivou o uso de um inseticida natural denominado baculovírus.

Segundo informação da agrônoma do Idaf Ligiane Amorim, por meio das armadilhas luminosas muitas mariposas são capturadas. Há alguns anos, o Idaf, em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), monitora a presença da lagarta e já se sabe que a cada quatro anos acontece o pico da praga. A última vez em que ela apareceu em grande escala foi na passagem de 2006 para 2007, quando dizimou grande parte dos mandiocais da região.

Para Amorim, a atenção do produtor rural é fundamental para enfrentar a praga, e é preciso que ele vistorie os roçados pelo menos duas vezes por semana para identificar a presença da mariposa, dos ovos ou mesmo da lagarta. Depois dessa confirmação, o produtor deve se dirigir ao escritório do Idaf, à Secretaria de Extensão Agroflorestal (Seaprof) ou à Secretaria de Agropecuária (Seap) e procurar orientações corretas para o extermínio da praga.

Baculovirus, ainda o melhor

A mariposa coloca seus ovos nas folhas da mandioca e assim que eles eclodem, até atingirem o tamanho de três centímetros, deve ser usado o baculovírus, inseticida natural feito a custo zero a partir de lagartas mortas. O uso do baculovírus, explica Amorim, é o melhor, já que não contamina o meio ambiente nem põe em risco o produtor que o aplica, e tem eficácia em 90% dos casos. Ele é baseado em um vírus natural, que mata a lagarta precocemente.

Além do inseticida natural, o Idaf conta também com um inseticida químico que será usado nos casos em que a lagarta já está em sua fase final e a praga não pode mais ser controlada pelo baculovírus. Amorim também explica que um sinal de que está na hora de usar o inseticida químico é quando são encontradas mais de sete lagartas por planta.

 

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