Segunda-feira, 3 de novembro de 2014 - 06h06
José Eduardo Mendonça
Planeta Sustentável
Pesquisas já haviam sugerido que a expansão do gelo do mar da Antártica anuncia mudanças, acelerando o derretimento de sua cobertura de gelo e armazenando calor por baixo de uma camada de água fria de superfície o que irá piorar as enchentes em todo o mundo. (Assista vídeo do programa Cidade e Soluções, AQUI).
A impressionante extensão de banquisas sobre os mares que cercam a região foi causada por água doce fluindo das geleiras. Este derretimento está formando camadas de água incomumente fria e relativamente sem sal. E pode redesenhar a influente Circulação de Revolvimento do Atlântico Meridional, que carrega água entre as regiões tropicais e polares, desde o Ártico à Antártica, com consequências para todo o planeta.
Um estudo recente mostra a atuação de outro fator preocupante: novos ventos estão soprando sobre o Polo Sul, já uma área de forte ventania. Isto ameaça aumentar ainda mais a taxa de derretimento e intensificar as enchentes.
Os ventos, lendários, estão em uma direção mais orientada para o polo desde os anos 1950. São esparsas as observações de temperatura no continente hostil, mas cientistas modelaram os efeitos do oceano sobre esta mudança, que vem sendo causada pelo afinamento da camada de ozônio e e o aumento dos gases de efeito estufa. E ficaram impressionados pelo perigoso feedback da mudança do clima que descobriram.
Segundo eles, a alteração nos ventos produz um aquecimento intenso logo abaixo da superfície do oceano. Ela está trazendo correntes quentes de águas mais profundas para uma zona onde a camada de gelo da Antártica é mais vulnerável e desmorona a partir de sua parte baixa os locais onde torres de gelo estão sobre solos submersos.
Estamos identificando um mecanismo muito simples, disse ontem Stephen Griffies, cientista da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, que contribuiu com o trabalhado publicado na Geophysical Research Letters.
As maiores reservas de água do gelo sobre o mar ficam na Antártica, e entender a taxa na qual o gelo fluirá para o mar pode ajudar pesquisadores a refinar suas previsões sobre a elevação de seu nível. Projeções atuais indicam que 2.6% da população mundial estaria vivendo em áreas regularmente inundadas até o final do século. E se a Antártica for menos estável do que se espera, a catástrofe pode ser ainda pior do que o previsto, diz a Climate Central.
Foto: NASA Goddard Space Flight Center/Creative Commons/Flickr
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