Terça-feira, 29 de março de 2016 - 14h22
A lagarta da espécie Mandarová já se espalhou por cerca de 1,2 mil hectares,
principalmente, da cultura da mandioca
Uma praga afeta há três semanas as plantações dos municípios de Barcelos, São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro, no Amazonas. A lagarta da espécie Mandarová já se espalhou por cerca de 1,2 mil hectares, principalmente, da cultura da mandioca. A produção rural de mais de 900 agricultores ficou prejudicada, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Esses municípios foram os mais atingidos pela estiagem do rio Negro no início desse ano, o que contribuiu para a proliferação da praga, segundo a engenheira agrônoma do Idam, Anecilene Buzaglo. “A gente supõe isso porque houve uma forte estiagem naquela região. Essas pragas também ocorrem em altas temperaturas e em início de período chuvoso. Isso pode ter provocado um desequilíbrio biológico. Também houve muitas queimadas e os predadores naturais foram se afastando”, explicou Anecilene.
Já sobre os prejuízos que a praga vem causando, a engenheira explica que será feito um levantamento. Ela também conta como a praga está sendo combatida. “Nós utilizamos a catação manual que é um controle cultural. Estamos fazendo indicação para que se utilize a própria lagarta morta naturalmente na plantação. É feito um extrato e aplicado nas áreas de ataque porque essa lagarta tem um vírus que mata ela naturalmente. Mas quando tem dano econômico, isso já não é mais eficiente. Então nós estamos usando produtos registrados no Ministério da Agricultura e também fazendo, em casos pontuais, o controle com defensivos químicos”, afirmou.
A engenheira acredita que, com esses métodos, a praga será controlada, mas haverá um atraso na evolução do crescimento das plantas atingidas. Ela informou ainda que o início do período chuvoso na região do Alto Rio Negro vai ajudar na recuperação das plantações.
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