Segunda-feira, 17 de maio de 2010 - 20h46
Amazônias
DIEGO SANTOS
Assessoria Museu Goeldi
BELÉM, Pará – Dezoito é o dia Internacional dos Museus. Para comemorar a ocasião, museus por todo o Brasil, inclusive o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), promovem atividades especiais, integrando a 8ª Semana Nacional de Museus, que entre 17 e 23 de maio.
Para a programação deste ano, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) escolheu o tema “Museus para a harmonia social” com a intenção de destacar o papel do museu como uma instituição conectada ao mundo contemporâneo e interessada na vida social, política e econômica da sociedade em que está inserida. Em consonância com essa proposta, o Museu Goeldi fará, no dia 17, uma visita diferenciada à exposição Kayapó - Mebêngôkre nhõ pyka, nossa terra Mebêngôkre, organizada na Rocinha do Parque Zoobotânico desde 16 de abril.
Funcionando como projeto piloto, a exposição será toda adaptada para receber deficientes visuais da Unidade Educacional Especializada José Alvares de Azevedo que, aliás, funcionou como parceiro do MPEG na concepção das adaptações necessárias.
Segundo Martha Carvalho, bolsista da Museologia do MPEG, as implementações serão feitas em três eixos: verbal, textual e tátil. Verbal no sentido que haverá um monitor treinado para fazer explicações, além disso, um cartão com textos em braile será disponibilizado contendo os dados da exposição e peças estarão disponíveis para toque.
– Conversamos com a Pascale, uma das curadoras da exposição, e ela nos informou que havia material recentemente feito pelos índios que não tinham sido usados na exposição. Usaremos esses para disponibilizar para toque — explicou Horácio Higuchi, também da Museologia do MPEG.
A ideia é que ações e adaptações como essa se tornem rotina, de modo que o Parque Zoobotânico possa permitir acessibilidade e participação de todos. Por hora, é um projeto piloto, uma atividade pontual que será analisada para nortear ações futuras, como, por exemplo, a adaptação da estrutura do Aquário Jacques Hubber.
— No Aquário, queremos que haja réplicas exatas dos peixes disponíveis ao toque – reiterou o pesquisador.
De acordo com Martha, esse tipo de iniciativa ainda se dá de maneira incipiente no Brasil.
— Pela pesquisa que realizei, encontrei diversos exemplos no Sudeste, mas na Amazônia, creio que essa é a primeira do gênero.
Indígena Kaiapó: mostra no Goeldi foi feita para receber até deficientes visuais / WADO.US |
SERVIÇO
Outras atividades completam a 8ª Semana Nacional de Museus no Museu Goeldi. Confira, a programação:
16/5, 9 h – Domingo também é dia de ciência. Conjunto de ações dedicadas à divulgação científica, incluindo teatro, mostras ao ar livre e a dinamização do carro da leitura.
17/5 a 21/5, de 9h às 18h – 25 anos de parceria entre o Museu Goeldi e as comunidades da Terra Firme. Atividades que acontecem no bairro.
18/5 a 21/5, de 14h às 18h – Oficina - Ecomuseus e museus comunitários: experiência e desafios. Acontece no Parque Zoobotânico do MPEG.
16/4 a 30/8 – Exposição Kayapí – Mebêngôkre nhô pyka, nossa terra Mebêngôkre, das 9h às 17h durante a semana e, nos fins de semana, das 9h às 15h, no Prédio da Rocinha – Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.
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