Sexta-feira, 29 de outubro de 2010 - 14h49
XICO NERY
Amazônias
JI-PARANÁ –Desde o início da semana, apesar do aperto dado pelo chamado “grupo dos cinco” – Ivo Cassol, João Aparecido Cahulla, Carlos Magno, Nilton Capixaba e o superintendente de Licitação Salomão Silveira, parte dos ‘cassolistas de carteirinha’ insistem em práticas irregulares de campanha, principalmente nas cidades do eixo da BR-364.
Uma fonte ligada ao deputado federal eleito e ex-prefeito de Ouro Preto, Carlos Magno atesta a este site que Cassol e Cahulla limitaram consideravelmente os gastos na campanha do 1º turno das eleições, preferindo, com risco, investir tudo agora. A medida de contenção de recursos a candidatos, mesmo aos considerados livres dos rigores da Lei Ficha Limpa, foi o nó górdio do projeto inicial do grupo palaciano.
Houve redução das cotas de combustível, gastos com impressos e pagamento de cabos eleitorais. No entanto, o segundo turno exigiu todo o poder de fogo dos governistas. Assim, Cassol assumiu, junto com Nilton Capixaba e Carlos Magno, o comando das operações no interior, visando sustentar a candidatura do atual governador João Cahulla (PPS).
Se usar o botton três dias, jovem pode ter acesso a boates. Algo que a fiscalização eleitoral, se quiser, pode acompanhar. E punir /EUVIDES CUNHA-Arquivo |
O comitê de Cahulla prometeu quarta-feira pagar aos jovens R$ 150 pelo uso do botton da campanha em boates no interior e em Porto Velho, desde que os interessados o utilizassem quinta-feira, sexta-feira e sábado. Esse agrado, legalmente proibido, teria atraído até mesmo militantes petistas, conforme um deles confidenciou ao Amazônias.
Desafio em Rolim
É do eixo da BR-364 que eles tentarão abater Confúcio Moura (PMDB). Em que pese a mudança do teatro operacional da campanha de Cahulla, em mais de 60% traçada para a capital, o dia D passa por Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Ji-Paraná, Presidente Médici, Pimenta Bueno e Vilhena. Uma reunião para se jogar todas as cartas disponíveis estava prevista para as últimas 48 horas, na fazenda de Cassol, em Rolim de Moura.
Está clara a questão de honra de Cassol em querer desbancar o senador reeleito Valdir Raupp (PMDB-RO) e a deputada federal mais votada do pleito, Marinha Raupp (PMDB-RO), ambos apoiadores de Confúcio. Mas esse esforço impõe um gigantismo sem precedentes, já que o casal Raupp obteve a mais expressiva de todas as suas votações até hoje registradas pelo TRE. No primeiro turno Cahulla ganhou apertado dentro do seu próprio reduto eleitoral, o resultado em Rolim de Moura foi de 45,45 por cento dos votos para João Cahulla contra 41,33 por cento para Confúcio Moura
Guerra das finanças e arapongas
Na guerra das finanças entre os candidatos do PPS e do PMDB e aliados na disputa pelo governo rondoniense, apenas Confúcio Moura ainda não esboçou poderio econômico. Percebendo isso, o grupo liderado por Cassol e o grupo palaciano de Cahulla acreditam no avanço previsto para o dia da eleição, domingo. Sonham alcançar 60% dos votos.
Na candidatura oposicionista, ninguém quis comentar os possíveis efeitos desse rolo compressor governista nos momentos de decisão. No entanto, o “pacote de bondades” do governo e os agrados ao eleitorado jovem levam alguma preocupação ao staff de Confúcio, até então favorito.
A ofensiva de Cahulla aumentou logo após a distribuição de dez mil camisas azuis pintadas com o número 23 em cor branco, nas ruas de Porto Velho. Por conta das lutas travadas entre palacianos e oposicionistas, tanto na capital quanto na BR-364, voltam à baila os arapongas, tão temidos no primeiro turno. Seriam eles os baluartes do teatro operacional do grupo governista.
Com as supostas ações vazadas à imprensa, o suposto material apócrifo contra o candidato peemedebista foi substituído pela presença de Cassol em pessoa, dos deputados eleitos Carlos Magno e Nilton Capixaba em todas as cidades do interior por mais de 20 dias ininterruptos. Houve apenas pausas para as gravações ao horário eleitoral televisivo e do rádio.
Cahulla fez o que pôde para superar os discursos do opositor, só não encontrando meios para perpetrar o golpe fatal. Evitou também que candidatos ‘fichas sujas’ integrantes do seu grupo aparecessem com ele em fotografias. Da mesma forma, evita que deputados não-reeleitos o façam. A estratégia usada é a mesma que Cassol usou contra os deputados flagrados com ele em tentativa de extorsão, todos presos na Operação Dominó: quem apareceu na fita, não serve, mas pode apoiá-lo a distância.
Nas próximas horas não será novidade se cassolistas e demais coligados se infiltrem nos comandos e na coordenação da campanha de Confúcio em Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena. Seus arapongas estão preparados para identificar líderes religiosos, comunitários, dissidentes do grupo palaciano e formiguinhas pagas. Segundo a fonte de Amazônias, isso possibiliataria “conduzir uma poderosa arma na linha de tiro a Confúcio”, a partir do uso de telefones celulares, câmeras de vídeo escondidas e envio de mensagens eletrônicas.
Qualquer vacilo na campanha de Confúcio, portanto, será considerado de importância estratégica para ‘alavancar’ a campanha do palaciano Cahulla, garantiu o informante. A fonte disse, ainda, que, “o vacilo fotografado, gravado ou filmado, também será enviado à Justiça Eleitoral na tentativa de barrar uma potencial vitória do candidato do PMDB”.
Nos diretórios do PMDB e do PPS, em Ji-Paraná, o assunto não produz comentários. Em off, alguns membros do staff afirmam que o problema dos dois grupos é que um deles tem dificuldade de identificar espiões. E esses podem ser um simples cabo eleitoral ou um frágil formiguinha. Nessa situação há espaço para atuação de agentes duplos, regiamente pagos pelos dois lados.
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