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Pela primeira vez, público conhece de perto o Xaxim Agroecológico



AMAZÔNIAS
Graziella Galinari(MTb 3863/PR)
Embrapa Monitoramento por Satélite

 

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O público da VII Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida, que a Embrapa promove até o dia 2 de maio, em Brasília, DF, está conhecendo, pela primeira vez, o Xaxim Agroecológico.
Desenvolvido pela

Embrapa Agrobiologia, o produto deve servir como substituto ao xaxim original, feito a partir de uma planta atualmente em extinção.

A tecnologia vem se mostrando bastante promissora para os setores de plantas ornamentais e de produção de mudas. Os vasos são muito parecidos com o xaxim original, com boa capacidade de retenção de água e de fornecimento de nutrientes para a planta. É a primeira vez que o protótipo é apresentado ao grande público.

O xaxim mais conhecido entre os brasileiros é feito a partir do caule da espécie Dicksonia sellowiana, uma planta nativa da Mata Atlântica. Esse tipo de xaxim é muito difundido em todas as regiões do país, usado por todas as classes sociais, porém não pode mais ser ofertado, pois a planta encontra-se em extinção e sua extração está proibida por Lei Federal.

A Dicksonia sellowiana também tem um crescimento muito lento, de 5 a 8 cm por ano. A proposta do protótipo da Embrapa Agrobiologia é utilizar outras espécies vegetais de rápido crescimento e com grande capacidade de enraizamento.

O exemplo apresentado durante o Ciência para a Vida é o milheto. Ele é semeado junto a um substrato orgânico de boa qualidade, utilizando um recipiente como molde. Entre 45 e 60 dias, as raízes já formam um emaranhado no formato de vaso, quando são cortadas as folhas e a palhada, que podem, por exemplo, ser reaproveitadas para compostagem ou para a alimentação de gado bovino.

Para conferir mais rigidez e impermeabilidade ao produto, é feita uma infiltração de cera de carnaúba nas paredes do Xaxim Agroecológico. De acordo com a Analista da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrobiologia, Nátia Élen Auras, com um investimento reduzido para a produção em grande escala, o Xaxim Agroecológico pode ser uma opção interessante para pequenos produtores rurais. “Os visitantes da feira tem mostrado muito interesse sobre o uso do xaxim agroecológico para o cultivo de orquídeas”, ressalta.

O processo de produção do Xaxim Agroecológico vem sendo desenvolvido há dois anos pelo pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Marco Antonio de Almeida Leal. O produto está em fase de testes para determinar, com segurança, sua vida útil, mas os resultados são bastante satisfatórios, podendo superar em qualidade as alternativas encontradas no mercado, que utilizam, por exemplo, fibra de coco ou resina. A Empresa já efetuou, inclusive, o pedido de patente da tecnologia. Mais informações sobre o método de produção do Xaxim Agroecológico podem ser obtidas pelo e-mail sac@cnpab.embrapa.br

 

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