Segunda-feira, 1 de junho de 2015 - 09h35
Para ser consumido cada vez mais com segurança por paladares exigentes de qualidade e saúde alimentícia, o mel de abelha envasado em Vilhena pelo apicultor Vergílio Possebom Filho depende apenas da autorização estadual.
Exposto pela empresa Apicultura Colonial, já tem até apelo comercial: No milagre da vida o amor vira mel – bem divulgado durante a 4ª Feira Rondônia Rural Show, encerrada no sábado (30) à noite em Ji-Paraná.
Gaúcho de Marau, ex-policial militar em Vilhena, Possebom não se cansava de repetir para as pessoas que o seu produto foi o único representante do estado a receber em São Paulo o Prêmio de Automação Comercial, uma homenagem oferecida às empresas e organizações selecionadas pelas boas práticas na utilização e gestão dos padrões da Certificação de Código de Barras GS1.
Desde que foi para a reserva na PM em 2013, Possebom organizou-se melhor, mobilizando a família toda [sete pessoas] para fazer prosperar negócio. “Eu nem acreditava que fosse me classificar no meio de tanto concorrente bom; agora, quero acreditar que o governo estadual me permitirá oferecer o mel a quem dele precisa”, comentou.
Das cerca de 100 toneladas/ano de mel na região, uma média de quatro a cinco toneladas/ano são de suas colmeias formadas por mais de 90 caixas de abelhas. Aprovado pelo Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária do Município de Vilhena (Prove), esse mel vem de uma propriedade livre da ação de agrotóxicos. “A gente se preocupa em preservar a natureza, porque em nossa região [comumente chamada de Cone Sul] há muita lavoura de soja e os resíduos do veneno se espalham facilmente”, explicou Possebom.
“Estou contente com o Prove, mas para eu vender até mesmo para a merenda escolar, em outras cidades e em estados vizinhos, também necessito do selo certificação estadual”, disse.
O mel é vendido em frascos de 0,460 Kg, por R$ 20. O frasquinho com mel e óleo de copaíba custa R$ 10 e também tem a preferência da clientela que se dedica a tratamentos homeopáticos de saúde. Ambos expõem informações nutricionais.
Comum na Amazônia Ocidental Brasileira, a copaíba, viscosa e amarga é a seiva extraída de furos no tronco da árvore até atingir o cerne. Tem coloração entre amarela até marrom claro dourado e o seu uso mais comum é o medicinal, na condição de anti-inflamatório e anticancerígeno.
COOPERADOS
É o terceiro ano consecutivo que ele participa da Feira Rondônia Rural. Seus clientes já se tornaram conhecidos e alguns exigem que ele “apareça com mais frequência”. A funcionária pública estadual Aline Gottardi solicitou um frasco para atender ao filho de seis anos de idade: “À noite, dou-lhe uma colher para curar a rouquidão”.
O primeiro apoio no sentido organizacional aos apicultores de Vilhena foi um presente que eles próprios se deram, ao decidirem somar sua força de trabalho e a experiência de cada um com abelhas africanizadas. Eles criaram a Cooperativa Apícola Portal da Amazônia (Cooapa), cujo primeiro depósito de mel foi custeado com recursos da Fundação Banco do Brasil (FBB) e do Sebrae em Rondônia.
Equipada desde 2009, a Cooapa atua nos municípios de Cerejeiras, Colorado do Oeste e Vilhena. Na estatística da Emater se constata que mais de 50% do mel estadual procedem dessa região.
Possebom acredita na consolidação do negócio, pois tem a vantagem de promover diretamente a divulgação da marca entre consumidores, evitando dessa maneira ação de atravessadores. Esse método eficaz de comercialização move grande parte das cerca de cem agroindústrias doceiras participantes da feira. A notícia chegou aos ouvidos de altas autoridades federais, entre as quais, o ministro de desenvolvimento agrário Patrus Ananias, que visitou a banca acompanhado pelo governador Confúcio Moura.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Decom - Governo de Rondônia
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