Sexta-feira, 20 de julho de 2018 - 18h56
Nesta semana, os participantes da última audiência pública do primeiro semestre promovida pela Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal disseram que a execução da obra de recuperação da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), ainda depende da conclusão de estudos de impacto ambiental e indígena.
A novidade é que já foram gastos mais de R$ 100 milhões em estudos ambientais para viabilizar a repavimentação da rodovia. Esse valor é quase um terço dos US$ 150 milhões gastos na construção de toda a rodovia na década de 1970, somente para estudos ambientais, informou o senador Acir Gurgacz (PDT), vice-presidente da Comissão, e que ao longo do seu mandato tem defendido a restauração da rodovia.
Ocorre que mais de 4 anos já se passaram e a população segue isolada no período das chuvas, quando a rodovia federal fica completamente intrafegável. A BR-319 tem 877,4 quilômetros de extensão e é a única ligação rodoviária entre Manaus e Porto Velho e o restante do país. O recapeamento da BR-319 é de extrema importância, porque o Amazonas não produz a maior parte dos alimentos que consome.
Os preço dos alimentos no Amazonas é um absurdo e basicamente que é consumido na região vem de Rondônia e Roraima. Em Roraima há uma BR asfaltada que liga o estado à Região Norte e a outros países. Essa BR passa por terras indígenas. E não temos ainda a recuperação da BR-319, que não passa por reserva indígena.
Se espera da nova direção do Departamento de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), uma solução mais eficaz para o caso. Todos sabem que o segmento não licenciado, conhecido como trecho do meião da floresta, tem 405,7 Km de extensão. Para a execução das obras, o Ibama exigiu a elaboração do estudo e do relatório de impacto ambiental.
A diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Larissa Carolina Amorim, informou que, em 2008, o órgão devolveu o estudo de impacto ambiental, pois considerou insuficiente para a análise. Desde então, nenhum outro estudo foi apresentado.
Muitos ainda se arriscam em transitar pela rodovia no período do inverno Amazônia, o que aumenta o risco de isolamento. Recentemente estudantes foram resgatados pelo Exército após permaneceram mais de 5 dias isolados. É preciso buscar uma saída urgente para a recuperação da rodovia. A Amazônia começa a enfrentar hoje o período da estiagem, período importante para a execução de obras de restauração da rodovia. Vamos aguardar.
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