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Protestos estudantis agitam Rolim de Moura


Centenas de estudantes reuniram-se dia 27 para acompanhar a Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores em Rolim de Moura (Zona da Mata de Rondônia), mas o ato foi suspenso pelo presidente, Jairo Benetti. De manhã ele já havia recebido requerimento de Entidades Estudantis que solicitaramProtestos estudantis agitam Rolim de Moura - Gente de Opinião a palavra na tribuna, para apresentar as reivindicações dos estudantes e seu posicionamento sobre os projetos de Lei 170 e 171 que preveem reajuste de salário para vereadores e prefeito.
 

Antes das 15h, já em frente à Câmara de Vereadores, os estudantes foram surpreendidos com a suspensão da sessão. Da mesma forma, professores e estudantes da UNIR, professores da rede pública e a parte da imprensa ficaram estarrecidos com a decisão de vereadores de não comparecer ao Plenário. “É um absurdo! Os vereadores querem aumento para 8 mil reais e sequer comparecem à sessão ordinária de hoje. Protocolamos um documento pela manhã e não informaram que a sessão seria suspensa”, foi enfático o presidente do Centro Acadêmico de História da UNIR. “Isso é golpe, pensam que nos cansam, mas temos muita disposição para vir em quantas sessões forem necessárias”, enfatizou um diretor do Grêmio Estudantil da escola Maria Rabelo.
 

Como a multidão se aglomerava em frente à Câmara de Vereadores portando faixas e cartazes, decidiram realizar manifestação nas ruas do centro de Rolim de Moura denunciando mais uma vez os vereadores e convocando a população para se mobilizar. Além de cartazes e faixas convocando a população a denunciar o aumento abusivo do salário de vereadores, o protesto também ganhou características de denúncia contra a perseguição de diretores de escolas que impedem a participação estudantil e contra a criminalização do Movimento Estudantil. Entoando gritos de “polícia pra ladrão, pra estudante não!” aproveitaram para dizer que agentes da polícia civil estão monitorando a manifestação.
 

“A polícia está servindo de cães de guarda ao tentar intimidar os estudantes para que não se manifestem contra o aumento abusivo dos vereadores. Qualquer tentativa de nos intimidar será respondida à altura. Já estamos acionando diversas entidades estudantis de Rondônia e do Brasil e já contamos com apoio de advogados populares para acionar juridicamente qualquer abuso de autoridade e tentativa de ferir a liberdade de manifestação. Não tentem nos censurar ou criminalizar” enfatizou Ana, ativista do MEPR.
 

A manifestação contou com a presença massiva de estudantes da Escola Maria Rabelo, Cândido Portinari e Priscila Chagas. Dezenas de Professores da rede estadual acompanharam a manifestação. “Vamos ver se agora dizem que só há crianças na manifestação. Apoiamos o Movimento Estudantil e chamamos os colegas professores das outras escolas a acompanharem os estudantes nos protestos, como nós do Priscila, estamos fazendo. Essa manifestação deve ser apoiada por toda a população honesta de nossa cidade”, defendeu uma professora da Escola Priscila Chagas.
 

Os protestos somam-se a uma campanha nas redes sociais que convoca a população a não votar nas próximas eleições. Os manifestantes defendem que se a maioria dos eleitores do município não comparecer às urnas, chamaria a atenção da imprensa nacional para o descontentamento geral em relação ao que têm chamado de “farsa eleitoral”. “Que democracia é essa que o povo é obrigado a votar? Não há nada de democrático nisso”, concluiu um estudante do Cândido Portinari. Na próxima quinta-feira, novos protestos devem acontecer na cidade.

Fonte: Moclate
 

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