Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 - 19h05
O reeducando Anderson Araújo, de 29 anos, é um dos quatro egressos do sistema penitenciário em fase de reinserção à sociedade a atuar, nos últimos dias, na produção de mudas de castanha, no viveiro da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em Porto Velho. Ele fala com entusiasmo da importância da ressocialização como um passo a mais para a liberdade.
Cerca de 50 outros reclusos já trabalharam no viveiro. A tendência, de acordo com a coordenação do programa, é que todos que atuaram na atividade retornem ao convívio da sociedade e sejam absorvidos pelo mercado que se abre cada dia mais.
Araújo é rondoniense, e há dois anos trabalha na preparação e adubo da terra para o plantio de mudas em sacolas plásticas, produzidas a partir da germinação de amêndoas selecionadas dos lotes de castanhas nativas adquiridas pelo governo estadual e cultivadas para ser distribuídas a associações e produtores individuais.
A chance de poder trabalhar fora da prisão, após a conquista do instituto da remissão da pena por bom comportamento, prevista na lei das execuções penais – cada três dias de trabalho equivalem à redução de um da sentença – chega a emocionar Araújo. Ele cumpriu 2,8 anos da condenação em regime fechado e conquistou o benefício da semiliberdade. Atualmente em liberdade provisória, no final da pena, recebe R$ 815 como remuneração pelo trabalho no viveiro. “Mesmo assim já é uma grande ajuda”, afirma.
O pagamento é repassado à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) pela Sedam, por meio de convênio para a produção de mudas, em forma de bolsa incentivo, que prevê ainda controle da assiduidade ao trabalho, com assinatura da lista de frequência. Segundo o adjunto da Sedam, agrônomo Francisco Sales, a rotatividade da mão de obra ainda é grande porque vários perdem a liberdade condicional por castigo.
“Acho que o trabalho de ressocialização ajuda muito a gente a se sentir mais útil e a esquecer a ociosidade do regime fechado”, disse Araújo, que já adquiriu conhecimentos teórico e prático suficientes para pensar em ajudar a sustentar a família com a nova profissão. Araújo é casado, pai de dois filhos: um de 6 anos e outro com um ano e oito meses.
Francisco Sales também é outro otimista e garante que a atividade aos poucos se torna uma profissão muito rentável no estado. Segundo ele, a partir do aquecimento do mercado de produção de mudas, principalmente depois que o governo anunciou a meta de produzir e distribuir 5 milhões de mudas para os produtores rurais de várias regiões, a pessoa que souber trabalhar com as técnicas de seleção de sementes de castanha, adubo, germinação, plantio e cultivo da espécie terá emprego certo.
Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Rosinaldo Machado
Decom - Governo de Rondônia
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