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Secretário mostra o possível e o impossível no 'Duelo na Fronteira'


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XICO NERY
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GUAJARÁ-MIRIM, Rondônia – A Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim não pôde assumir sozinha a organização do “Duelo da Fronteira”, afirmou esta semana a Amazônias o secretário de esportes, cultura e turismo Dayan Saldanha. Segundo ele, desde a conclusão do plano estratégico, a secretaria alertou a respeito do problema.

Coube à Biblioteca de Integração da Amazônia (BIA) promover 16º Festival Folclórico de Guajará-Mirim foi entidade sem fins lucrativos. De acordo com Saldanha, a entidade foi convidada pelas associações folclóricas dos bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo.

– Foi assinado um termo de gestão, no qual os bois outorgam à BIA poderes para a realização do “Duelo da Fronteira” – explicou Saldanha. Em nenhum momento, ele afirmou, a prefeitura de Guajará-Mirim ou qualquer servidor da secretaria, incluindo seu secretário, foi convidado a contribuir, opinar ou ao menos ser informado de tal termo de gestão.

Emenda atrasou

A secretaria enviou projetos e solicitações de apoio ao Governo Federal, por meio da senadora Fátima Cleide (PT-RO), no entanto a emenda por ela formulada não chegou a tempo de ser incluída na proposta do programa específico para eventos no Ministério do Turismo.

Os ofícios foram enviados a Brasília, mas o governo estadual demora no atendimento ao município de Guajará, se queixa Saldanha. Desde que assumiu o cargo, ele recomendava a presença de uma entidade para viabilizar todo o processo.

– A Prefeitura não deve estar à frente do evento e sim ao lado, apoiando, tal como acontece em Parintins. Tenho um amigo que foi secretário de turismo em Parintins. Os Bois podem e devem viver de sua arte. Não podem e não devem vender sua identidade. Mesmo que haja a ‘espetacularização’ do evento, assim como ocorreu com o carnaval do Rio de Janeiro – comentou.

“Terremoto emocional”

Saldanha lembra que a BIA investiu, elaborou projetos e viabilizou patrocínios.

– Obteve uma infra-estrutura ‘inimaginável’ para minha realidade hoje na Prefeitura. E, convenhamos, em ano de eleição seria muito difícil obter apoio do Governo do Estado. E eu sei muito bem das agruras de se realizar essa festa... De fora, é mais fácil criticar, mas quem está dentro do processo, sabe das dificuldades.

Segundo o secretário, em 2009 apenas R$ 7 mil foram suficientes para a festa. Depois, o governo estadual ofereceu pequeno apoio financeiro. Na época, o deputado estadual Miguel Sena retirava o apoio ao prefeito e os salários atrasavam – “um terremoto emocional”, na definição de Saldanha. O bumbódromo era usado pela primeira vez.

Para Saldanha, o Sr. Leonardo Argentino, membro de BIA conduziu as negociações de modo “truculento e autoritário, desrespeitando as regionalidades”. Guajará-Mirim ainda é bairrista, quase xenófoba, lembrou:

– Embora eu tenha alertado o Argentino e o Moura (seu sócio) várias vezes, eles seguiam com a mesma postura. Como eu não tinha a gestão do processo, não consegui convencê-los do contrário. Até que na sexta (dia de abertura do festival), convocou-se uma coletiva com a imprensa de Guajará, mas aí já era tarde.


De qualquer maneira, a Prefeitura apoiou sim a Festa e os dois bois.

Esse apoio consistiu na iluminação pela Ceron, na limpeza, na organização do espaço público do entorno e no apoio técnico quanto ao regulamento e aos jurados. Parelalemente, a prefeitura firmou convênio para apoio financeiro aos bois. Pediu ainda ao Estado o apoio da PM e do Corpo de Bombeiros.

– Também conseguimos aprovar o projeto do parque municipal (a "Serra" de Guajará) para elaboração do plano de manejo daquela Unidade de Conservação Municipal para fins turísticos. Atualmente, estamos em estudos avançados do Centro de Excelência em Turismo (CET da UNB), a fim de transformar Guajará-Mirim num Observatório para o Turismo Sustentável.

Para o secretário, não basta apenas a criação de condições para turistas, mas instituir efetivamente o turismo como criador de oportunidade e renda, tanto para empresários quanto para trabalhadores da área.

NOTA
 

O secretário sugere a busca de outras informações a respeito, neste site.     


 

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