Sexta-feira, 27 de agosto de 2010 - 18h09
MPE advertiu que servidores estavam impedidos de receber os recursos por não serem considerados probos para o serviço público /STAGNIS |
XICO NERY
Amazônias
PORTO VELHO, Rondônia – O secretário estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) de Rondônia, Paulo Roberto Ventura Brandão e a coordenadora de Educação Ambiental do órgão, Iracy Wanderley Filha, são alvo de uma ação civil do Ministério Público do Estado, sob acusação de receber irregularmente pagamentos de diárias em nome de servidores impedidos de receber os recursos por não serem considerados probos para o serviço público.
Amazônias apurou que com o MPE que os servidores Anderson Santos Ferreira e Núbia Darlene Gomes solicitaram diárias de viagens para repassar a outros servidores do órgão, os quais não poderiam ter acesso ao recurso devido a pendências com o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios.
O secretário Paulo Brandão, que assumiu este ano, em substituição a Cletho Brito – licdenciado para disputar uma vaga de deputado estadual – ainda não se manifestou a respeito. Brandão trabalhou no Incra durante três décadas em Rondônia, coordenando projetos de assentamento durante o regime militar e após as primeiras eleições do novo estado brasileiro.
Não ignoravam
Em nota à imprensa, o MPE afirmou que, tanto o secretário Paulo Brandão quanto a coordenadora de Educação da Sedam, Iracy Filha, tinham conhecimento da irregularidade. O secretário e a coordenadora teriam viajando para o interior, acompanhando a campanha do governador João Cahulla nos municípios de Cujubim, Machadinho do Oeste, Vale do Anari e Theobroma.
O MPE solicitará ao Tribunal de Contas do Estado uma auditoria na Sedam por conta das irregularidades. Para reforçar essa medida, seringueiros das reservas do Vale do Guaporé e Machadinho do Oeste garantem que essa situação não seria apenas privilégio da Capital.
A presença de técnicos nas gerências municipais, vindos da sede do órgão, em Porto Velho, é para despertar novas investigações do MP, uma vez que pouco agem. Não se dão sequer ao trabalho de medirem as madeiras roubadas das reservas Rio Preto e Jacundá, e das exploradas pela Associação dos Seringueiros de Machadinho do Oeste e Vale do Guaporé.
As entidades são presididas pelos não-extrativistas José Pinheiro, o Dé, Antônio Flávio Barros Setubal (técnico agroflorestal) e Manoel Pantoja. Depois que um grupo de não-seringueiros de Machadinho do Oeste invadiu a sede da Organização dos Seringueiros de Rondônia (OSR) e se apossou de documentos e relatórios confidenciais sobre o roubo de madeiras das reservas exploradas pelos madeireiros Avalone Sossai Farias e Adilson Pompiak, de Machadinho do Oeste e Ariquemes (ambos são vices-presidentes da Federação das Indústrias de Rondônia, Fiero), técnicos da Sedam anunciam a liberação de uma estrada de 25 quilômetros ao madeireiro Ademar Suckel.
A estrada obteve o aval da Associação dos Seringueiros da Resex Primavera e Pacaás-Novos. Mesmo após o MPF tê-lo denunciado por tentar manobrar a situação, pagando diárias a seringueiros, a fim de que não ofereçam resistência e não os denunciem à Justiça Federal na tentativa de reaver o suposto plano de manejo aprovado pelo órgão e pelo Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade, à época presidido pelo não-seringueiro José Maria dos Santos.
Nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, a partir das 9h, começa o 2º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, com mais de 80 seringueiros
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