Quarta-feira, 22 de setembro de 2010 - 13h21
Incontroláveis, as queimadas deixam rastro de destruição na zona rural dos municípios do Cone Sul do estado /A VOZ DA CIDADE |
XICO NERY
Amazônias
CORUMBIARA, Rondônia – Apesar de proibidas, as seculares queimadas ainda castigam os municípios de Chupinguaia, Colorado do Oeste, Cerejeiras, Cabixi e Pimenteiras do Oeste, que formam a denominada região do Cone Sul rondoniense. Agentes policiais e ambientais admitem que o combate ao fogo é “inconsistente e descontrolado".
Nas linhas centrais, onde estão localizadas as maiores atividades econômicas, fazendeiros e sitiantes parecem disputar entre si quem mais ateia fogo para formação de pastos e plantios de cereais.
– A vegetação original de muitos terrenos já não existe mais – afirma o vice-prefeito João Ribeiro Amorim, Joãozinho do PT. Ele se diz assombrado com o aumento do índice de queimadas ilegais na região.
Na Linha 4, do Eixo Carijó, nas confluências da linhas dois e três, a uma hora e meia da cidade, no sábado 18, dois sitiantes foram flagrados pelas autoridades no momento em que tocavam fogo numa área já sem cobertura vegetal. Em pouco tempo, a ação deles fez o fogo alastrar. Eles foram obrigados a deixar a área para buscar ajuda fora das propriedades. Os focos de fogo se multiplicaram.
A situação foi denunciada às autoridades policiais, em vão. No município não existe representação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam. O núcleo municipal do órgão fica a 63 quilômetros daqui, em Cerejeiras, não consegue oferecer cobertura nem tem condições para conter o avanço das queimadas. Muito menos as polícias Civil e Militar.
As queimadas em Rondônia também ocorrem em quase toda a extensão da RO-399 (Vilhena- Colorado do Oeste), a 812 quilômetros da capital, Porto Velho. O fogo avança sobre médias e grandes propriedades rurais, levando preocupação aos próprios incendiários.
Nesta época do ano, no distrito de Nova Conquista, em Vilhena, fazendeiros e chacareiros promovem queimadas sem orientação do poder público. O Código de Defesa Ambiental e as medidas anunciadas por um suposto Comitê Estadual de Proteção à Floresta não são levados a sério. A região é formada por montanhas e varadouros. Segundo autoridades distritais, isso dificulta "uma fiscalização precisa para que os produtores não façam queimadas sem autorização".
A exemplo de Corumbiara e Pimenteiras do Oeste, em Nova Conquista não há núcleo da Sedam nem do Ibama, órgãos que inibiriam o avanço do fogo nas propriedades.
Município de Alto Alegre dos Parecis, agosto de 2010. Assim fica o solo depois da queimada: empobrecido. /MONTEZUMA CRUZ |
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