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Sindarma e Marinha orientam sobre riscos de colisões entre embarcações e troncos na cheia dos rios



Os riscos de acidentes com embarcações nos rios, que banham o Amazonas e região, aumentam no período da cheia. Com a elevação dos níveis dos rios e com aumento da vazão das águas, embarcações podem ser atingidas por troncos de árvores e pedaços de madeira, que descem pelas águas com mais força. As colisões colocam em risco as vidas de passageiros e tripulantes, além de provocar prejuízos para o transporte fluvial. Dois naufrágios foram registrados pela Marinha no estado em 2016. O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) orienta os navegantes sobre os cuidados para evitar os acidentes.Sindarma e Marinha orientam sobre riscos de colisões entre embarcações e troncos na cheia dos rios - Gente de Opinião

Os riscos de acidentes são reais para pequenas até embarcações maiores, que podem ser atingidas pelos troncos, que descem o rio em velocidade maior. O risco é ainda mais expressivo porque em alguns casos os troncos podem estar semisubmersos.

Em Manaus, a área do Encontro das Águas, formado pela confluência entre os Rios Negro e Solimões, é um dos trechos com mais riscos para colisões com troncos. No interior do Amazonas a situação ainda é mais crítica, de acordo com os transportadores. As empresas de barcos de recreio, que são as que transportam passageiros e carga geral, estão amargando perdas com danos causados por colisões. Os empresários do setor perderam canoas e equipamentos nos acidentes no Rio Solimões, no trecho Manaus/Tabatinga. Os prejuízos com substituição de peças danificadas chegam a R$ 7 mil.

"Acima dos prejuízos financeiros existe o risco para a vida humana dos tripulantes e passageiros. Daí a importância de se redobrar os cuidados durante a navegação pelos rios. A possibilidade de naufrágio é real e pode acontecer em poucos minutos após o acidente", enfatizou o presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior.

No Rio Madeira, a situação é ainda mais grave no trecho entre o Amazonas e Rondônia. O problema se tornou mais expressivo com a criação das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A grande quantidade de trocos e pedaços de madeira impacta o escoamento de cargas no principal corredor logístico da Região Norte. Isso porque os comboios de embarcações levam mais tempo para navegar até o destino final.

"O transporte pelos rios é característico da nossa região e nesse período de cheia os navegantes sofrem com riscos por causa da grande quantidade de troncos nos rios. Tudo isso poderia ser minimizado se tivéssemos uma política pública para o transporte hidroviário", avaliou o Claudomiro Carvalho Filho, que é 2º vice-presidente do Sindarma.

Número de acidentes
De acordo com dados do Comando do 9º Distrito Naval, que foram divulgados pelo Sindarma foram registradas cinco colisões de embarcações com troncos no Amazonas em 2015, sendo uma em Manaus, duas em Itacoatiara e duas em Humaitá. Em 2016, apenas uma colisão foi registrada em Itacoatiara. Não houve feridos e nem vítimas fatais nas colisões, porém, ocorreram dois naufrágios.

Recomendações
Para evitar colisões com pedaços de madeira e árvores nos rios, a orientação do Sindarma é redobrar atenção, principalmente, no período noturno, quando a visibilidade é reduzida. Outra medida que pode ser adotada pelos capitães e navegadores é a redução da velocidade da embarcação na noite e madrugada.

A Marinha informou que durante a subida do nível das águas dos rios, época de descida de troncos de árvores, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC) realiza ações preventivas de orientação aos proprietários e comandantes de embarcações.

Uma das recomendações da Marinha é evitar navegar à noite em trechos críticos e de difícil navegabilidade. A Marinha ressalta que não deve ser permitido que tripulantes desabilitados conduzam a embarcação e, mesmo aqueles habilitados, que não naveguem em trechos onde não conheçam bem. "É importante trocar informações com as tripulações de outras embarcações que já passaram por trechos do rio cuja dificuldade de navegação é conhecida para verificar se existem outros fatores que possam comprometer a passagem de sua embarcação', orientou a Marinha.

Fonte: Sindicado das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas 

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