Domingo, 18 de maio de 2014 - 17h14
ANDRÉ ALVES
Pauta Socioambiental
A tese de doutorado "Predição do Sequestro de Carbono em Área Reflorestada utilizando Redes Neurais Artificiais" do professor e pesquisador Clodoaldo Nunes demonstrou uma ferramenta que poderá ser usada com eficácia no monitoramento de projetos de sequestro de carbono. Defendida em fevereiro deste ano na Universidade Estadual de São Paulo- Unesp em Ilha Solteira, a tese demonstrou que um sistema inteligente, baseado no emprego de redes neurais, poderá predizer, em curto, médio e longo prazo, a absorção de carbono em áreas de reflorestamento.
A manutenção de florestas nativas e o reflorestamento de áreas desmatadas são medidas imprescindíveis para reduzir o índice de emissão de gás carbônico (CO2), um dos principais gases do efeito estufa, que de acordo com cientistas de todo o mundo, vem aumentando a temperatura do planeta Terra desde o início da Era Industrial, mas que sua emissão cresceu exponencialmente nos últimos cem anos. Esse aquecimento global coloca em risco a vida da maioria dos seres vivos existentes no planeta.
Os dados ecológicos e as variáveis envolvidas no processo de trocas de CO2, apresentam certo grau de complexidade, que são situações facilmente absorvidas e tratadas pelas Redes Neurais Artificiais. As RNA's são modelos matemáticos que se inspiram na forma com que o cérebro interpreta as informações e aprende por meio de experiências.
Em sua pesquisa de campo, Nunes, que também é professor e chefe do Departamento da Área de Informática do Campus Cuiabá , onde trabalha há 15 anos, demonstrou o sistema realizando a pesquisa na fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu. Nesta propriedade a ONF Brasil executa projeto de sequestro de carbono por meio de reflorestamento.
Os resultados inferiram, de maneira fidedigna, qual a real situação da área de reflorestamento analisada, com base em informações do inventário florestal da fazenda, fornecido e autorizado pela entidade mantenedora da propriedade.
Para se chegar aos resultados, foi analisado os dados ambientais do inventário da fazenda, medindo mensalmente o sequestro de carbono entre 2003 e 2010 para o treinamento da rede. Com base nesses dados foi possível fazer a previsão do carbono que se acumulará até 2016.
De acordo com Nunes, a pesquisa é inovadora, pois pode abordar áreas com grandes extensões e diversidades de árvores plantadas, entre outros fatores. O estudo teve a colaboração do irmão de Clodoaldo, Paulo Nunes, que na mesma fazenda, foi o precursor em colher informações de CO2, através de sensores que se encontravam, naquela época, instalados em uma torre e que, atualmente, é o coordenador do Projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Aejur em Juruena e patrocinado pela Petrobras.
Através dos resultados do sistema proposto, foi possível constatar que a contribuição da pesquisa foi alcançada e que o sistema inteligente se mostrou útil no sentido de se predizer a absorção do dióxido de carbono (CO2) a curto, médio e em longo prazo, em área de reflorestamento, colaborando de certa forma, para que se adotem medidas que possam minimizar os impactos no meio ambiente e amenizar o agravamento do aquecimento global, garantindo também a sustentabilidade do planeta.
A tese de doutorado: "Predição do Sequestro de Carbono em Área Reflorestada utilizando Redes Neurais Artificiais" está disponível para download no site www.carbonojuruena.org.br
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