Quarta-feira, 21 de maio de 2014 - 16h44
ECODEBATE
O aumento do uso de técnicas de baixa emissão de carbono em atividades agrárias depende de um amplo leque de investimentos e ações por parte do Estado e do setor privado. Para os debatedores que participaram da audiência pública interativa promovida pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) nesta terça-feira (20), o objetivo de diminuir as emissões de carbono no campo só será alcançado com capacitação, assistência técnica, financiamentos a juros baixos e investimentos em logística, pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
A agropecuária de baixa emissão de carbono usa técnicas de produção com o objetivo de lançar menos gases de efeito estufa na atmosfera, sendo o principal deles o gás carbônico (CO2). Em vez de lançado na atmosfera, o carbono fica retido no solo, o que acaba por enriquecê-lo.
O especialista em transferência tecnológica da Embrapa Cerrados, Luiz Adriano Maia, salientou que, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 15), ocorrida em Copenhague (Dinamarca) em 2009, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões totais de gases causadores do efeito estufa entre 36% e 39% até 2020. Assim, uma das iniciativas do governo brasileiro foi a criação do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, mais conhecido como Plano ABC.
Luiz Adriano explicou que a mitigação é a adoção de sistemas sustentáveis que reduzam a emissão de gases, em busca de uma agricultura com capacidade de produzir alimentos preservando o meio ambiente e sem comprometimento dos recursos naturais.
Ele citou como exemplos de técnicas a recuperação de pastagens degradadas, o reflorestamento, o plantio direto, o tratamento adequado de dejetos animais e a chamada Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Para a recuperação de áreas degradadas, a ILPF promove, na mesma propriedade, diferentes sistemas produtivos, em busca de maior fertilidade do solo.
O assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho, afirmou que as ações de mitigação têm como objetivo o aumento da produtividade de maneira sustentável, sem ampliação da área de plantio. Ele disse ser necessária a capacitação dos produtores rurais e dos técnicos que elaboram os projetos para que esses produtores tenham acesso ao financiamento do Plano ABC. Para ele, o plano vem estimulando a redução do desmatamento e a adoção de práticas sustentáveis.
Ele informou que a CNA sugere a disseminação da irrigação, investimentos em logística e tecnologia, acesso mais facilitado do produtor rural aos recursos dos agentes financeiros e incremento da assistência técnica e extensão rural.
Para os representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal e Elvison Nunes Ramos, o produtor rural precisa ser convencido de que o Plano ABC vai aumentar sua produtividade e melhorar sua qualidade de vida.
Nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, a partir das 9h, começa o 2º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, com mais de 80 seringueiros
Concertação pela Amazônia lança, na Cúpula, em Belém, documento com propostas para o território
A iniciativa Uma Concertação pela Amazônia chega aos Diálogos Amazônicos, da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), nos dias 4 a 6 agosto, com sua terce
A 'Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia' reunirá, na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 4 e 8 de agosto, representações regionais e naci
Preparatória para Cúpula da Amazônia debate futuro sustentável e prosperidade dos povos tradicionais
A Cúpula da Amazônia acontece nos próximos dias 8 e 9 de agosto, pela primeira vez, em Belém do Pará. O encontro é um marco das relações entre o Bra